Trinta e uma pessoas morreram e mais de noventa ficaram feridas na sequência de uma série de explosões num mercado ao ar livre de Urumqi, na região chinesa de Xinjiang, na manhã desta quinta-feira.

Pouco passava das 7h50 (hora local, 0h50 em Lisboa) quando dois monovolumes atravessaram o mercado, com os seus ocupantes a atirarem explosivos do interior pelas janelas. Um dos veículos acabou por explodir. De acordo com testemunhas do ataque ouvidas pela agência noticiosa estatal Xinhua, houve pelo menos uma dúzia de rebentamentos.

O ministro da Segurança Pública disse tratar-se de “um violento ataque terrorista” e prometeu encontrar os responsáveis. Também o Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu que os terroristas serão “severamente punidos”, ainda segundo a Xinhua.

Este ataque surge depois de um outro, a 30 de abril, na estação de comboios de Urumqi, que provocou três mortos e 79 feridos e também depois de um esfaqueamento em massa noutra estação de comboios, em Kunming, outra cidade da região de Xinjiang.

Esta região é uma das mais ricas em recursos da China, o que provocou uma migração de vários milhões de chineses (de etnia Han, a dominante no país) para a zona, o que, nos últimos anos, tem provocado tensões com os membros da etnia uyghur (predominantemente muçulmana e falante de turco), que são maioritários em Xinjiang e têm pretensões separatistas.

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