O BES Angola desconhece os beneficiários finais de quase 6 mil milhões de dólares concedidos através de crédito enquanto Álvaro Sobrinho era presidente da instituição. Mas uma investigação do semanário Expresso mostra que os principais beneficiários de uma parte desses fundos serão o próprio Álvaro Sobrinho e a sua família.

O Expresso descreve na sua edição deste sábado reuniões da direção do BES Angola, liderado atualmente por Rui Guerra, para analisar a carteira de crédito do banco. As conclusões destes encontros mostram que cerca de 5,7 mil milhões de dólares em crédito foram atribuídos a “empresas desconhecidas ou sem capacidade financeira para poderem financiar esses montantes”. O BESA não tinha um conselho formal de atribuição de crédito e Sobrinho terá autorizado diretamente grande parte destes financiamentos.

Uma parte deste dinheiro foi canalizada para empresas como a Pine View Overseas, dona do semanário Sol, e transferida para contas de Sobrinho ou da Grunberg, empresa cujo administrador é o seu irmão, Emanuel Sobrinho, escreve o Expresso. E muitos dos fundos terão sido levantados em numerário. Nas reuniões da administração, Sobrinho disse que havia ausência de controlo na aplicação dos fundos concedidos em crédito.

 

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