Depois do Reino Unido, é a vez de a França anunciar um reforço das medidas de segurança nos voos que se destinam aos Estados Unidos (EUA), escreve esta sexta-feira o Le Monde. Na quarta-feira, o secretário da Defesa Nacional norte-americana, Jeh Johnson, ordenou um aumento da segurança em aeroportos internacionais com voos diretos para os EUA.

As autoridades norte-americanas alertaram para a existência de uma “ameaça credível” por acreditarem que alguns membros da al-Qaeda na Síria e no Iémen estão a desenvolver novas bombas que podem ser usadas para fazer explodir aviões.

A Direção Geral da Aviação Civil (DGAC) francesa recomenda aos passageiros com destino aos Estados Unidos que cheguem aos aeroportos com alguma antecedência para evitar dificuldades na hora de embarcar, segundo o Le Monde.

“Por razões de confidencialidade”, a DGAC não revelou junto dos media quais seriam as medidas de segurança extraordinárias, dizendo apenas que estão a ser feitos esforços para que os passageiros não sejam muito afetados, acrescentando ser provável a existência de atrasos.

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Segundo o Telegraph, algumas das medidas aplicadas nos aeroportos britânicos incluíram um controlo mais apertado dos bens electrónicos e do calçado dos passageiros.

O principal receio das autoridades norte-americanas é o de que certos grupos militantes possam tentar fazer explodir aviões que se destinam aos EUA ou à Europa, recorrendo a milicianos com passaporte ocidental para transportar as bombas, escreveu o Washington Post.

O Guardian deu um rosto aos receios norte-americanos de que a al-Qaeda esteja a fabricar novas bombas para detonar em aviões. Trata-se de Ibrahim Hassan al-Asiri, um químico saudita que, segundo o jornal, é o especialista da organização terrorista em construção de bombas.

Há anos que Al-Asiri faz parte das listas de homens mais procurados pelos EUA, mas recentemente, a ligação de Asiri aos grupos Nusra Front e ao Isis, na Síria e no Iraque, está a preocupar as autoridades norte-americanas.