Está quase tudo fechado para que a gestora de ativos norte-americana Apollo compre a Tranquilidade. Segundo o Jornal de Negócios desta sexta-feira, o preço final ficará nos 50 milhões de euros.
A avaliação da seguradora ficou nos 220 milhões de euros, abaixo dos 300 milhões que valeria de acordo com a dimensão de mercado, mas a Apollo não vai assumir os créditos da empresa sobre a Rio Forte, holding do Grupo Espírito Santo (GES), fazendo reduzir o valor final do negócio. Estes créditos, de recupeação duvidosa tendo em conta o facto de a empresa devedora estar sob gestão controlada no Luxemburgo, valerão 150 milhões de euros.
A venda da Tranquilidade está a ser preparada há vários meses, com seis empresas a mostrar interesse na aquisição. Mas foi a Apollo Global Management que melhor se posicionou, depois de ter perdido a compra da Fidelidade (que também tentou). Nas últimas semanas, face às notícias sobre a exposição da seguradora à crise instalada no GES, o regulador do mercado pressinou para que o negócio se fechasse, de modo a garantir a continuidade das operações. O Instituto de Seguros de Portugal aprovou formalmente a venda da Tranquilidade a 18 de Julho.
Faltam agora dois passos para dar tudo por concluído: passar a titularidade da seguradora para o Novo Banco (o que já foi prometido pelo Banco de Portugal, mas não formalizado) e definir com precisão como serão vendidos os produtos da empresa nos balcões do Novo Banco.
Notícia corrigida e atualizada às 12h37 de 23 de agosto de 2014