Este sábado, manifestantes pró-democracia envolveram-se em conflitos com a polícia de intervenção: depois de quebrarem as barreiras policiais, os estudantes foram reprimidos com gás lacrimogéneo. Este domingo, líderes e apoiantes do movimento “Occupy Central with Love and Peace” vieram demonstrar o apoio aos estudantes que lutam pelo direito à liberdade. Pelo menos 78 manifestantes foram detidos, segundo a agência noticiosa Associated Press. E cerca de 26 ficaram feridos e foram hospitalizados, noticiou a CNN.

“Quem amar Hong Kong deve vir e juntar-se a nós. Isto é pelo futuro de Hong Kong”, disse à Reuters o magnata Jimmy Lai, um crítico do governo comunista da República Popular da China, que tem apoiado os ativistas pró-democracia por meio de publicações que incluem um dos maiores jornais da cidade.

Perante a impossibilidade de eleger democraticamente o líder da cidade, milhares de manifestantes pró-democracia (os estudantes estimam 80 mil pessoas) concentraram-se em frente à sede do Governo em Hong Kong, ameaçando fechar o mais importante centro de negócios da Ásia. Os ativistas, em manifestação desde segunda-feira, mostram-se contra a proposta do Governo chinês de escolher que candidatos podem ser eleitos em Hong Kong, contrariando a estrutura autónoma que a região autónoma tem tido até aqui. Em 1997, Hong Kong deixou de ser uma colónia britânica para voltar à China, com um compromisso que agora se vê ameaçado – “um país, dois sistemas”.

O líder de Hong Kong, Leung Chun-ying disse em conferência de imprensa que se ia manter “firme na oposição às ações ilegais de ocupação pelo [movimento] Occupy Central” e às tentativas de paralisação a cidade. O chefe do executivo reforçou ainda, este domingo, que haverá um nova ronda de consultas sobre a reforma eleitoral, embora não tenha avançado com uma data para a mesma. Os ativistas pró-democracia receiam que a liberdade de expressão e de protesto sejam também comprometidas com a pressão do Governo chinês sobre a região autónoma.

 

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