Marcelo Rebelo de Sousa diz outubro. Pedro Santana Lopes escolhe abril. Os dois eventuais candidatos presidenciais da direita andam em marcação cerrada. No domingo, o professor de Direito falou sobre o timing certo para a apresentação de candidatos às eleições presidenciais de 2016. Esta terça-feira, o ex-primeiro-ministro discordou e colocou mais pressão.

“Foi falado neste fim de semana que candidatos presidenciais só lá para outubro, custa-me a crer, porque só depois das legislativas, com toda a franqueza, acho que é muito tarde”, declarou na SIC Notícias, apontando para “o fim do primeiro quadrimestre de 2015”. E mais: comentou as hipóteses do próprio Marcelo como candidato presidencial.

“Acho que do lado da direita as coisas correm cada vez melhor para o lado de Marcelo Rebelo de Sousa. É a minha opinião. Ao mesmo tempo, quando se diz que Passos Coelho nem quer ouvir falar de Marcelo, acho que é bom para Marcelo. Quando se diz que um líder de Governo, que tomou medidas tão difíceis, não quer aquele candidato a Presidente, isto é evidente que joga a favor dele”, afirmou considerando, no entanto, que se a coligação PSD-CDS ganhar as eleições legislativas em outubro, as hipóteses do candidato de direita ganhar as presidenciais três meses depois “diminuem”.

Nesta pré-corrida presidencial, Santana afasta ainda o ex-autarca do Porto, Rui Rio. “É faltar o respeito, não acredito nisso, que Passos Coelho escolha um candidato para se livrar de um adversário à liderança”, defendeu.

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Segundo Santana Lopes, a campanha para as presidenciais “já começou” e o aparecimento de Sampaio da Nova, ex-reitor da Universidade de Lisboa, no congresso do PS é “um plano B”, caso o ex-primeiro-ministro socialista, António Guterres, não avance.