Serão 70 os cidadãos espanhóis, ou estrangeiros com residência registada no país, que hoje pertencem ao Estado Islâmico (EI). A maioria deste número, avançado pelo El País, diário que citou “especialistas policiais”, estará localizada na Síria. Em 2014, contudo, cerca de 500 jihadistas europeus terão regressado aos países de origem, e as autoridades estarão preocupadas com “a influência que os retornados exercem” nas respetivas comunidades — que poderá “acelerar os processos de radicalização”.

Na quinta-feira, aliás, José Manuel García-Margallo, ministro dos Assuntos Externos espanhol, ao mesmo jornal, já afirmara que “a extensão do EI no Norte de África ameaça” a segurança do país. O El País, sem identificar entidades ou dirigentes, escreve que o Estado Islâmico até alterou a sua estratégia de recrutamento: convencer apoiantes, ou jihadistas, a cometerem atentados nos seus próprios países.

Durante 2014, a Guarda Civil espanhola deteve 12 pessoas, todas, à exceção de uma, regressadas da Síria — o restante retornado vinha do Mali. As operações do Estado Islâmico no Norte da Síria já terão atraído cerca de 15 mil apoiantes estrangeiros — dos quais à volta de 3 mil, diz o El País, serão europeus. Em 2013, de acordo com o mais recente Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), existiam 12 pessoas com passaporte português a combater ao lado do EI.

Em dezembro, o semanário Expresso publicou uma reportagem na qual falou com cinco jihadistas portugueses que se juntaram ao Estado Islâmico, na Síria. Em Portugal, estima-se que a comunidade islâmica, sobre a qual o Observador escreveu um especial, integre até 55 mil praticantes.

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