Agora com sinal reforçado em Lisboa 98.7 FM No Porto 98.4 FM Início / Justiça Seguir BPN: Sentença de recurso a contraordenações marcada para hoje O Tribunal da Concorrência profere hoje a sentença do recurso de nove dos 12 arguidos condenados pelo Banco de Portugal ao pagamento de contraordenações que totalizam cerca de dois milhões de euros. Agência Lusa Texto 08 Jan 2015, 06:59 i José Goulao/LUSA José Goulao/LUSA O Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão profere hoje a sentença do recurso de nove dos 12 arguidos condenados pelo Banco de Portugal ao pagamento de contraordenações que totalizam cerca de dois milhões de euros no processo BPN/Contas Investimento.Já na fase final do julgamento iniciado em maio de 2014, no passado dia 25 de novembro, o juiz João Manuel Teixeira decidiu alterar a qualificação jurídica dos factos de que são acusados quatro arguidos do processo Contas Investimento, considerando que existiu falsificação da contabilidade do BPN e das contas consolidadas do BPN-SGPS e da SLN. O juiz entendeu imputar aos arguidos Francisco Sanches, Luís Caprichoso, José Augusto Oliveira e Costa e Teófilo Carreira a prática, por cada um deles, de três contraordenações, ao invés de uma só (como vinham condenados), por falsificação da contabilidade do Banco Português de Negócios e também das contabilidades consolidadas do BPN-SGPS e da Sociedade Lusa de Negócios (SLN).No entender do juiz, em causa está não a inobservância de regras contabilísticas (como vinham acusados) mas a falsificação da contabilidade do BPN e também das contabilidades consolidadas do BPN-SGPS e da SLN.Na decisão administrativa que motivou o recurso de nove dos 12 arguidos, o Banco de Portugal (BdP) considerava ter existido inobservância de regras contabilísticas que terão “prejudicado gravemente o conhecimento da situação patrimonial e financeira da sociedade”, situação “dolosamente planeada e executada” por membros do Conselho de Administração e imputável também ao BPN. Na decisão de setembro de 2013, o BdP condenou o Banco BIC Português, que adquiriu o BPN em 2012, e a SLN a uma coima de 400.000 euros cada, o BPN-SGPS a 150.000 euros, e os arguidos individuais Luís Caprichoso (200.000 euros), Francisco Sanches (180.000 euros), José Augusto Oliveira e Costa, filho do então presidente (85.000 euros), Teófilo Carreira (45.000 euros), António Coelho Marinho (40.000 euros) e Armando Pinto (35.000 euros), que recorreram.José Oliveira e Costa, alvo de uma contraordenação no valor de 300.000 euros, Abdool Karim Vakil (25.000 euros) e António Alves Franco (100.000 euros) não recorreram.João Manuel Teixeira manteve a imputação de uma contraordenação ao BIC (por falsificação pelos seus administradores da contabilidade do BPN), à SLN (pela falsificação pelos seus administradores da contabilidade consolidada da sociedade) e ao BPN-SGPS (falsificação pelos seus administradores da contabilidade consolidada do grupo). A Armando Pinto e António Coelho Marinho, o juiz manteve a prática de uma contraordenação por falsificação a título de negligência da contabilidade do BPN.No passado dia 21 de outubro, o Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão concluiu um outro julgamento (passível de recurso) envolvendo a SLN, o BPN e ex-administradores, agravando as contraordenações à Galilei (ex SLN) e a outros arguidos individuais por ocultação do Banco Insular da contabilidade da sociedade detentora do BPN e absolvendo Francisco Comprido e Armando Pinto da condenação decretada pelo Banco de Portugal em 2012.Os dois processos têm que estar concluídos até junho de 2016, sob o risco de prescreverem.