O presidente do Lloyds Banking Group, António Horta Osório, afirmou que o problema dos lesados do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) “é uma questão de moralidade” e que tem de haver uma “solução comercial”.

O banqueiro, que falava na conferência anual do Jornal de Negócios em Lisboa sobre o tema “Os Caminhos do Crescimento”, frisou que os responsáveis devem encontrar “uma solução que satisfaça” as pessoas afetadas, acrescentando que, se fosse em Inglaterra, este seria um problema que “já teria sido resolvido”.

“É de bom senso que a situação seja resolvida rapidamente”, observou, adiantando que “não é uma questão jurídica, é uma questão de confiança, de justiça para com as pessoas [a quem] numa relação comercial foram criadas expectativas”.

Horta Osório disse também que será “óbvio” que, qualquer que seja a solução para os lesados do papel comercial, terá efeito nas contas do Novo Banco “com perdas para os contribuintes”, mas considerou que a moralidade da questão se deve sobrepor a essas perdas.

“É o dinheiro deles. Têm direito a ter uma solução comercial que os satisfaça, uma solução comercial de mínima justiça e moralidade tem de ser encontrada”, voltou a frisar.

Sobre o caso BES e PT, o banqueiro disse que há que “tirar uma lição para o futuro” e essa tem a ver com a governação das empresas, onde ainda são necessários muitos esforços para alcançar um sistema como o que existe em Inglaterra ou nos Estados Unidos.

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