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"Mentiras" e "desespero". Campanha aquece com troca de acusações entre PS e PSD

Este artigo tem mais de 5 anos

Os socialistas acusam Passos de ter mentido e de querer burlar os portugueses. O PSD responde que o PS está nervoso com a queda nas sondagens. A três meses das eleições, a campanha está quente.

Os socialistas publicaram um vídeo com os "mintos urbanos" de Passos. PSD diz que o PS está desesperado com sondagens
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Os socialistas publicaram um vídeo com os "mintos urbanos" de Passos. PSD diz que o PS está desesperado com sondagens

Milton Cappelletti

Os socialistas publicaram um vídeo com os "mintos urbanos" de Passos. PSD diz que o PS está desesperado com sondagens

Milton Cappelletti

Ainda faltam três meses para as legislativas, mas a pré-campanha eleitoral já começou a aquecer. Os socialistas dispararam mais um tiro contra a coligação ao divulgaram um vídeo com os “mintos urbanos” de Pedro Passos Coelho. Na resposta, os sociais-democratas acusaram os “rosas” de estarem a conduzir uma campanha de desinformação que só revela “desespero” e “desrespeito” pelos portugueses.

O vídeo com aquilo que o PS diz serem as mentiras do primeiro-ministro foi publicado a 30 de junho na edição digital do jornal Ação Socialista. Num primeiro momento, ouve-se (e vê-se) Passos, então candidato a suceder a José Sócrates, a dizer: “Já ouvi o primeiro-ministro a dizer que o PSD quer acabar com muitas coisas e também com o 13º mês. Mas nós nunca falamos disso, isso é um disparate“.

No momento seguinte, em 2012, o social-democrata surge a anunciar que o Governo ia eliminar o subsídio de férias e do natal para funcionários públicos com salários superiores a mil euros. A acompanhar as duas declarações de Passos os títulos “promessa/realidade”.

Ora, José Matos Rosa, secretário-geral do PSD, não gostou do vídeo e disparou de volta: os socialistas estão “desesperados” com os resultados nas últimas sondagens e estão a recorrer à mentira para chegar ao poder.

“O desespero dos socialistas deve-se com certeza ao facto de todas as sondagens apontarem para uma queda contínua do PS e de António Costa e uma subida consolidada da Coligação Portugal à Frente”, escreveu no Facebook o social-democrata.

O secretário-geral do PSD acusou, ainda, os socialistas de estarem a aproveitar “todas as ocasiões, nos últimos dias, para agredir e para atacar a Coligação PSD/CDS e os seus dirigentes”. Para Matos Rosa, os ataques do PS não são mais do que uma cortina de fumo para encobrir “as promessas absurdas que tem feito”.

Ao Observador, o social-democrata explicou que os socialistas publicaram “um vídeo com frases truncadas” para passar uma mensagem que não corresponde à verdade. E ainda lembrou as recentes declarações de João Galamba, que há uma semana acusou o Governo de mentir sobre os números da emigração, do emprego e do IVA. Na altura, o dirigente socialista disse mesmo que o Executivo de Passos se preparava “para tentar repetir a burla que cometeu em 2011”.

“O primeiro-ministro e vários membros do Governo têm feito um conjunto de afirmações sobre a realidade portuguesa que são quase todas mentira – afirmações ou sobre emigração, IVA, ou sobre emprego. Esta sucessão de acontecimentos mostra que, neste ano eleitoral, o Governo prepara-se para tentar repetir a burla que cometeu em 2011, mentindo descaradamente e sem qualquer pudor aos portugueses”, afirmou Galamba.

Dessa vez foi Marco António Costa, porta-voz do PSD, quem não se ficou. Além de ter, também ele, acenado com os resultados das sondagens, o número dois de Passos pediu ao PS para moderar a linguagem. “Não sabemos o que terá alterado, feito ou provocado no Partido Socialista esta alteração brusca de comportamentos, queremos acreditar que não é nervosismo decorrente de sondagens recentes mas queremos fazer um apelo muito sério para que seja moderada a linguagem do Partido Socialista”, pediu Marco António Costa.

A guerra das sondagens e dos nervos

Nas sedes dos dois partidos, PSD e PS, vivem-se dias muito diferentes. Os sociais-democratas andam entusiasmados com as sondagens que dão a maioria a distanciar-se do PS. No largo do Rato, o momento é de maior tensão. E, em entrevista à SIC na semana passada, Costa desdramatizou as sondagens que indiciam equilíbrio com a maioria PSD/CDS, defendendo que muitos eleitores só decidem o voto em período de campanha e que os socialistas têm maior margem de progressão.

Para além dos estudos de opinião na imprensa, o PSD tem sondagens semanais e um tracking diário sobre a forma como está a passar a mensagem tanto do líder, Pedro Passos Coelho, como a do líder do principal partido da oposição. Algumas das conclusões dos especialistas do PSD são as de que as pessoas estão recetivas a mensagens de medo e de bancarrota bem como, por exemplo, a críticas às greves que se têm sucedido nos últimos meses, como nos transportes.

Em artigo publicado esta quarta-feira no Ação Socialista, o diretor de campanha de António Costa, Ascenso Simões, defende que o PS não se pode deixar encostar, tal como os partidos do Governo querem fazer, “ao despesismo, ao radicalismo, aos três pedidos de ajuda externa” e realça duas diferenças entre o líder do PS e Passos: “Costa não é dissimulado; Costa sofre com o sofrimento”. Mas, acima de tudo, apela à mobilização de todos.

“Sabemos que a campanha é todos os dias. Que ninguém está dispensado. Mas gostaria de vos pedir, desde hoje, que se prepare a vitoriosa caravana a cada passagem, que todos os que querem o melhor para os seus filhos e seus netos sejam mobilizados, que os funcionários públicos maltratados sejam informados, que os empresários que se viram afogados em impostos sejam convencidos, que os professores, cada vez mais esquecidos sejam avisados. Que ninguém falte, que todos sejamos uma imensidão para que Portugal seja um novo país”, escreveu.

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