Que há falta de médicos em algumas especialidades, já se sabia. Que há hospitais com mais carência de clínicos do que outros, também não é novidade. Mas agora sabe-se exatamente quais são as especialidades e os hospitais onde a situação é mais “preocupante”. A lista foi publicada, esta quarta-feira, em Diário da República e servirá de referência para a atribuição de incentivos financeiros e de natureza não pecuniária aos clínicos.

Cardiologia, Cirurgia Geral, Ginecologia/Obstetrícia, Medicina Interna, Ortopedia, Pediatria Médica, Psiquiatria e Urologia são as oito especialidades médicas onde há mais falta de clínicos e estão distribuídas por 14 instituições hospitalares diferentes, de norte a sul do país, sobretudo no interior, como é o caso das Unidades Locais de Saúde que existem no Alentejo.

Precisamente para, “a curto prazo, colmatar carências mais graves de pessoal médico”, o Ministério da Saúde estabeleceu um regime de incentivos financeiros e não financeiros para médicos que aceitem ir trabalhar para estas instituições, e nestas especialidades, durante cinco anos. O apoio é dirigido tanto a médicos recém-formados, como a médicos especialistas que aceitem sair do seu hospital de origem (mobilidade).

Entre os incentivos aos médicos destaca-se uma ajuda financeira de 1.000 euros mensais durante seis meses, que cai para 500 euros mensais nos seis meses seguintes e para 250 euros durante os restantes quatro anos. Além deste apoio, estes médicos contarão ainda com outros incentivos de natureza não pecuniária como mais dois dias de férias, durante os cinco anos, a garantia de transferência escolar dos filhos de qualquer um dos cônjuges, ou de pessoa com quem viva em união de facto, todas as despesas de deslocação estão acauteladas, entre outros apoios.

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