“Apela-se aos cidadãos norte-americanos que reforcem a vigilância”, lê-se no comunicado, reproduzido mais tarde pelas embaixadas de vários países europeus. O alerta amarelo é o segundo mais alto de um sistema de cores que inclui ainda o verde, laranja e vermelho, por ordem progressiva.

A meio da tarde, o acesso às ruas no bairro diplomático – adjacente a Sanlitun – estava restrito a veículos oficiais, segundo confirmou à Lusa fonte de uma embaixada. Já em alguns bairros com maior incidência de residentes estrangeiros, a polícia ocorreu a verificar o formulário de registo na esquadra local – um documento obrigatório para todos os estrangeiros a viver em Pequim.

Contactado pela Lusa, o dono de um estabelecimento noturno na capital chinesa disse ter recebido a visita de um polícia, que questionou quantos clientes são esperados na noite de hoje.

“As autoridades chinesas farão tudo ao seu alcance para garantir a segurança dos cidadãos chineses e estrangeiros na China”, afirmou em conferência de imprensa um porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

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Ao início da tarde, várias embaixadas levantaram barricadas em frente aos seus portões de acesso. Três membros das forças de segurança, armados com carabinas, vigiavam o local onde há quatro meses um jovem matou uma mulher chinesa, que estava acompanhada do namorado natural de França, na área comercial The Village, com uma espada japonesa.

Segundo a agência oficial chinesa Xinhua, “todos os supermercados e centros comerciais, médios ou grandes”, terão vigilância policial reforçada. Até ao momento, as autoridades não avançaram com os motivos para o alerta.

Apesar de um ataque suicida ter provocado cinco mortos na praça de Tiananmen, em outubro de 2013, incidentes do género, ou qualquer tipo de crime violento, são raros na capital chinesa.