O ministro da Economia disse que Portugal deve manter o “rigor orçamental”, mas que também é importante que a correção dos desequilíbrios do país se faça com crescimento económico, já que contribui para a resolução desses problemas.

“É importante o rigor orçamental, mas é importante que a correção dos desequilíbrios se faça num contexto de crescimento. É importante um ‘mix’ de políticas que permita uma aceleração do crescimento económico e que com isso ajude o processo de correção dos desequilíbrios em especial dos países que estão mais vulneráveis”, disse Manuel Caldeira Cabral, em Lisboa, na conferência que hoje comemora os 30 anos da agência Lusa.

O governante considerou ainda, referindo-se à União Europeia, que é necessário “relançar o investimento”, uma vez que – considerou – está provado que a “política monetária não chega” para estimular a economia europeia, isto depois de a semana passada o Banco Central Europeu (BCE) ter voltado a reforçar os seus estímulos monetários.

Caldeira Cabral defende que esse “arranque do investimento” seja feito “especialmente pelos Estados com maior folga”, o que disse que não é o caso de Portugal, mas considerou que há outros países europeus que têm condições para ter políticas mais expansionistas para ajudar o crescimento.

O ministro aproveitou ainda a sua intervenção nesta conferência comemorativa do 30.º aniversário da Lusa para lembrar os seus tempos de jornalista, enquanto estudante universitário, e como na altura confiava nos ‘telexes’ da Lusa para confirmar informação.

Destacou ainda o tema da conferência, ‘Portugal entre o rigor e a audácia’, considerando que “a aceleração do tempo é um teste muito forte ao rigor” e que a “audácia, a ousadia é algo cada vez mais importante para romper a espuma dos dias”.

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