Tem focos de halogéneo em casa? A partir de 1 de setembro, se algum se fundir é melhor substitui-lo por um foco LED. Entra em vigor a diretiva da União Europeia (UE) que põe fim à venda de focos de halogéneo, mas os exemplares que as lojas ainda tenham em stock podem continuar a ser vendidos até 2018.

Esta medida representa o início do fim para as lâmpadas de halogéneo direcionais, ou de foco, na União Europeia. As lojas não podem comprar mais focos de halogéneo às fábricas para revender aos clientes. A retirada do mercado deste tipo de focos faz parte do Plano de Eficiência Energética adotado pela UE em 2011. Os focos de halogéneo são uma forma de iluminação pouco eficiente em termos energéticos — a maioria dos quais estão classificados no nível D.

Estas lâmpadas são “atualmente a opção energeticamente mais consumidora no mercado”, razão pela qual começam a ser descontinuadas em todos os Estados-membros, incluindo Portugal, explica a organização ambientalista Quercus em comunicado.

A medida também favorece a “redução da fatura energética das famílias portuguesas” e, por isso, os ambientalistas deixam um apelo aos retalhistas para que informem devidamente os consumidores. A aquisição de lâmpadas LED representa o aumento da fatura no momento da compra: uma lâmpada LED com a mesma intensidade luminosa (medida em watts) de uma lâmpada de halogéneo pode chegar a custar 3 vezes e meia mais.

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No entanto, é preciso informar também de que as lâmpadas de halogéneo têm um tempo de vida muito mais limitado: uma lâmpada LED dura, em média, oito vezes mais.

Esta limitação não descontinua as lâmpadas de halogéneo (em forma de bolbo), que só são abrangidas pela mesma medida daqui a dois anos, a 1 de setembro de 2018. A decisão de adiar o faseamento da eliminação da classe “D” das lâmpadas de halogéneo, foi tomada a 17 de abril de 2015 pelos Estados-Membros.

As lâmpadas e focos que recorrem à tecnologia LED (light-emitting diode, literalmente “diodo emissor de luz”) consomem até cinco vezes menos energia que as de halogéneo.

Ao analisar o mercado da iluminação e o estado da arte dos desenvolvimentos tecnológicos, a Comissão chegou à conclusão de que 1 de setembro de 2016 seria demasiado cedo para a tecnologia LED poder substituir totalmente as lâmpadas de halogéneo”, lê-se na página da EU.

A decisão da UE baseou-se no facto de apesar deste tipo de iluminação ser mais barata no médio e longo prazo (devido ao consumo energético mais baixo e durarem muito mais tempo que as de halogéneo), a tecnologia precisa de se tornar mais acessível em termos de preço de venda das lâmpadas e focos ao consumidor.