A ofensiva a Mossul pode estar muito perto do fim. O chefe da divisão de contraterrorismo iraquiana afirmou, em declarações à televisão estatal Iraqiya TV citadas pela CNN, que as forças iraquianas, apoiadas pelas milícias e pela coligação internacional, irão entrar em Mossul “numa questão de horas”.

Os soldados da Força de Contraterrorismo estão a avançar muito rápido. Não diria que será uma questão de dias, mas uma questão de horas, até começar a limpar a cidade de Mossul do terrorismo”, disse o general TalibShegati.

A Agência Reuters já tinha avançado, esta madrugada, que os militares da ofensiva iraquiana já tinham entrada na região de Karama, já dentro da cidade de Mossul. Foi o primeiro avanço sobre a cidade, depois de duas semanas de combates das zonas envolventes, explicou à agência um dos oficiais envolvidos na ofensiva.

No sábado, como relata a CNN, apenas dois quilómetros separavam os forças norte-americanas do território ocupado pelo Estado Islâmico.

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Esta segunda-feira, a estratégia de avanço das tropas iraquianas mudou. Os militares dividiram-se em três frentes, para

Mossul é o último bastião do Estado Islâmico no Iraque, e a ofensiva para recuperar o controlo da cidade (a segunda maior do país) foi preparada pelo exército do Iraque, com o apoio e treino da coligação internacional liderada pelos EUA, e conta ainda com a colaboração dos peshmerga (exército curdo), da Hashid Shaabi (milícias xiitas), de algumas tribos sunitas e ainda das mílicias dos cristãos assírios.

Em Mossul estima-se que vivam 1,5 milhões de pessoas. Muitas estão a ser utilizadas como escudos humanos pelo Estado Islâmico para tentar impedir o avanço da ofensiva. Desde o início do ataque, os militantes do Daesh já levaram a cabo execuções em massa, e têm recorrido a outras estratégias, como dispositivos explosivos improvisados ou incêndios tóxicos para tentar travar o exército iraquiano.