O auto-proclamado Estado Islâmico (Daesh) terá reconquistado a sua posição na cidade de Palmira, no centro da Síria, nove meses depois de ter sido expulso pelas forças do regime de Bashar al-Assad, segundo notícia a agência Associated Press que cita fontes do Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

“O Estado Islâmico entrou hoje em Palmira e está a ocupar o noroeste da cidade, havendo combates com o exército no centro da cidade”, disse o diretor do Observatório, Rami Abdel Rahman.

O grupo de ativistas Palmyra Coordination Collective também dá conta da entrada do Daesh na cidade, onde terão ocupado já vários bairros no norte e ocidente da cidade, bem como um armazém com armamento e campos de exploração de petróleo. O Observatório refere que os extremistas já ocuparam também o hospital local e conquistaram acesso aos essenciais silos de armazenamento de trigo.

Em Julho de 2015, os militantes do Daesh tomaram a cidade e iniciaram uma ocupação que durou quase um ano e durante a qual destruíram várias ruínas romanas pelas quais a cidade se tornou famosa. As ruínas de Palmira tinham sido consideradas Património da Humanidade, o que levou a UNESCO a considerar “crimes de guerra” a destruição dos monumentos. O diretor arqueológico da cidade, Khaled Asaad, foi decapitado pelos extremistas depois de ser ter recusado a indicar-lhes a localização de alguns dos artefactos mais preciosos da cidade. Imagens transmitidas na altura da ocupação mostram vários monumentos destruídos, incluindo os templos de Baalshamin e de Bel, que terão sido dinamitados por membros do Daesh.

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