Donald Trump não vai construir um novo muro na fronteira entre os EUA e o México: vai apenas completar uma vedação fronteiriça que já representa 33% da linha que separa os dois países (mar incluído). São aproximadamente 1.130 km, um terço dos 3.141 km totais da fronteira.

A construção do muro começou nos anos 80, na era Bush, e foi impulsionada em 1994, era então presidente Bill Clinton, o marido de Hillary, a candidata derrotada por Trump. A obra fez parte de um programa de Clinton contra a imigração-ilegal, a Gatekeeper Operation. Às 19 milhas já construídas foram acrescentadas então mais 54. Nos últimos oito anos, com Obama, foram feitas várias reparações.

A maior parte do muro fica atualmente entre Tijuana (México) e San Diego (Califórnia, EUA), entrando mesmo mar adentro num ponto onde divide a praia. Neste local há três barreiras de contenção, com iluminação de muito alta intensidade, detetores de movimento, sensores eletrónicos e equipas de vigilância com equipamento de visão noturna e em constante contacto com a polícia de fronteira e com os veículos e helicópteros de patrulha.

Mas há outras secções do muro construídas nos estados de Arizona, Novo México e no Texas. Há áreas de muro mesmo, mas a maior parte são vedações, redes e gradeamentos, até a simples câmeras de vigilância.

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Os Rage Against the Machine já falam do muro nesta canção do álbum Evil Empire. Estranhas coincidências.

A fronteira entre os EUA e o México vai de San Diego, na Califórnia, e Tijuana, na Baja Califórnia, até Matamoros, em Tamaulipas, e Brownsville, no Texas, a leste. No Golfo do México segue o curso do Rio Grande até El Paso, no Texas, e Ciudad Juárez, em Chiruahua. A extensão total da fronteira é de 3.141 km, de acordo com a Comissão Internacional de Limites e Águas.