AR: o uso e desuso do tempo parlamentar /premium
A expetativa do CDS é que aparecendo mais, falando mais, se possa vir a tornar o líder da oposição, quando não é por os políticos falarem mais tempo que as pessoas ouvem mais.
Quase nove pontos separam o PS do PSD. E nem juntos sociais-democratas e centristas conseguiriam alcançar a votação do PS, caso as eleições fossem hoje. É o resultado da sondagem SIC/Expresso.
O PS sobe. Também sobem CDU e CDS. Desce o PSD, tal como descem Bloco de Esquerda e PAN. A sondagem SIC/Expresso de fevereiro aumenta a distância entre o partido no Governo e o principal partido na oposição. De tal forma que os sociais-democratas não vão além dos 29,2% das intenções de voto.
A confirmar-se o resultado da Eurosondagem, este seria o pior resultado obtido pelo partido de Passos Coelho desde as eleições legislativas de 2015, que PSD e CDS venceram em nome da coligação Portugal à Frente. Agora, e ao contrário daquilo que aconteceu nesse momento, sociais-democratas e centristas não ficariam à frente do PS. Juntos, não vão além dos 36,2% das intenções. Ficariam um ponto e meio aquém dos socialistas, registando a queda mais acentuada entre os partidos com assento parlamentar (-0,8%).
Más notícias também para o partido coordenado por Catarina Martins. Na última sondagem SIC/Expresso, o Bloco de Esquerda cai três décimas face à sondagem de janeiro, para 9,2%, e reforça a distância face ao resultado de 2015. O PAN perde meio ponto (conseguiria 1,1% dos votos).
O parceiro de coligação do PSD em 2015 liberta-se. Em fevereiro, o CDS segue em sentido contrário, com uma ligeira subida nas intenções de voto: 7%, mais uma décima que no último mês. Também a CDU sobe. Meio ponto, para os 8,3%, ficando em linha com os 8,25% das últimas legislativas.
Se tiver uma história que queira partilhar ou informações que considere importantes sobre abusos sexuais na Igreja em Portugal, pode contactar o Observador de várias formas — com a certeza de que garantiremos o seu anonimato, se assim o pretender:
A expetativa do CDS é que aparecendo mais, falando mais, se possa vir a tornar o líder da oposição, quando não é por os políticos falarem mais tempo que as pessoas ouvem mais.
Sem impostos regionais os cidadãos votam em quem prometer mais e tiver boas relações em Lisboa. Sem impostos regionais não se responsabilizam nem os eleitos nem os eleitores.
Esta assinatura permite o acesso ilimitado a todos os artigos do Observador na Web e nas Apps. Os assinantes podem aceder aos artigos Premium utilizando até 3 dispositivos por utilizador.