Um jovem estudante de 20 anos de idade morreu esta quarta-feira, em Caracas, ao ser atingido por uma bomba de gás lacrimogéneo, elevando para 28 o número de mortos durante as manifestações registadas nas últimas semanas na Venezuela. A morte foi confirmada pelo presidente da Câmara Municipal de Chacao (leste), Ramón Muchacho.

“Pelas 14h50 horas (19h50 horas em Lisboa) ingressou na Salud Chacao (centro de saúde) um jovem de 20 anos de idade, proveniente de uma manifestação, sem sinais vitais”, explicou na sua conta no Twitter. Segundo aquele responsável, a vítima, atingida na cara, foi identificada como Juan Pablo Pernalete Llovera e era estudante de economia da Universidade Metropolitana de Caracas. Por outro lado, explicou que o pessoal médico daquele centro de saúde efetuou manobras de ressuscitação cardiovascular durante mais de 40 minutos, sem resultados.

Venezuela enfrenta a “mãe de todas as manifestações”

A vítima fazia parte de uma manifestação contra o Governo, na localidade de Altamira (município de Chacao), quando foi atingida pela bomba. A imprensa local dá conta de que as autoridades venezuelanas “triplicaram” esta quarta-feira a repressão contra as manifestações opositoras que desde 4 de abril se têm intensificado no país.

A oposição tem protestado para exigir a convocação de eleições gerais no país, a libertação dos presos políticos e o fim da repressão, bem como contra duas recentes sentenças em que o Supremo Tribunal de Justiça concede poderes especiais ao chefe de Estado, limita a imunidade parlamentar e assume as funções do parlamento. De acordo com as autoridades venezuelanas, 1.289 pessoas foram detidas desde 4 de abril, das quais 65 permanecem presas.

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