Terminada a Premier League e depois de um ano em Inglaterra, o treinador do Manchester City abriu uma exceção, venceu o medo dos jornalistas e acedeu em dar uma entrevista à sua conterrânea Catalunya Ràdio.

Ao longo de 45 minutos, no programa da manhã da emissora, Pep Guardiola falou sobre o terceiro lugar no campeonato, com menos 15 pontos do que o campeão Chelsea (“Quando o primeiro te dá tanto avanço é porque não foste bom o suficiente, ponto final!“); sobre a eterna luta Messi-Cristiano Ronaldo (“Messi é um privilegiado, um superdotado, um dos grandes atletas de todos os tempos”; “A grandeza do Cristiano Ronaldo é a sua maneira de ser, se não tivesse aquele carácter não seria o que é em campo“) — e muito mais.

Questionado sobre o Brexit, a crise de refugiados, a guerra na Síria e, claro, a questão da independência da Catalunha, o treinador, de 46 anos, respondeu a tudo e aceitou mostrar pela primeira vez, realçam os jornais espanhóis, a sua faceta “mais humana”. O Sport fez uma seleção das suas melhores frases sobre os temas mais surpreendentes:

  • Terrorismo
    “Não podemos viver com medo, mas dá medo. A vida é o mais importante e todos estamos em perigo.”
  • Guerra da Síria
    “É um conflito muito complexo, mexe com uma série de laços internacionais e interesses económicos. Não vai resolver-se a não ser que as grandes potências internacionais, como os Estados Unidos, a Rússia ou a China, não se puserem de acordo.”
  • Brexit
    “Na rua não se nota nada. Reina a normalidade total. O que move os países são as pessoas, que se levantam todo os dias para seguir em frente.”
  • Xenofobia
    “Em Inglaterra não se sente. É um país multicultural.”
  • Refugiados
    “É preciso acabar com aquilo que está a acontecer no Mediterrâneo. É um drama humano.”
  • Catalunha
    “Todos os povos têm o direito de decidir o seu futuro. A única coisa que queremos é poder votar.”
  • Imprensa
    “Há sete ou oito anos que não vinha a um estúdio de rádio. Vocês, jornalistas, dão-me medo.”

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