A Casa Branca excluiu esta sexta-feira qualquer ação militar dos Estados Unidos na Venezuela a curto prazo, duas semanas após o Presidente, Donald Trump, ter referido uma possível “opção militar” no país em profunda crise política e económica.

“Estamos ainda a analisar um vasto leque de opções”, declarou o general H.R. McMaster, conselheiro de Trump para a Segurança Nacional. “Qualquer decisão será tomada em conjunto com os nossos aliados na região, e nenhuma ação militar está prevista num futuro próximo”, acrescentou. “Nunca estivemos tão em sintonia com os nossos parceiros na região”, disse ainda, referindo-se à recente deslocação do vice-Presidente norte-americano, Mike Pence.

Em meados de agosto, enquanto estava de férias no seu campo de golfe em Bedminster, Nova Jérsia, Trump falou de “uma possível opção militar, se necessário”, para solucionar a crise política e institucional venezuelana, desencadeando a ira do chefe de Estado do país, Nicolás Maduro, que logo ordenou exercícios militares, que decorrem este fim de semana. Muitos países da região — Brasil, Colômbia, Peru, Chile, México e Equador — rejeitaram veementemente a perspetiva de recurso à força.

Washington impôs esta sexta-feira novas sanções financeiras a Caracas, entre as quais a proibição de cidadãos, empresas ou instituições norte-americanas comprarem obrigações emitidas pelo Governo da Venezuela ou pela empresa petrolífera nacional PDVSA.

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