A CGTP-In recusou esta sexta-feira um cenário de crise política com o Orçamento de Estado para 2018 mas avisou o Governo que “serão os trabalhadores a ter a última palavra” se as suas reivindicações não forem atendidas.

A posição foi expressa por Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, após um encontro de uma hora e meia com a direção da bancada do PCP, na Assembleia da República, em Lisboa, quer serviu para apresentar as suas propostas para Orçamento do Estado de 2018.

Arménio Carlos recusou-se a elaborar cenários de “chumbo” do orçamento se persistir o impasse nas negociações do Governo quanto ao descongelamento das carreiras na função pública, embora admitindo a justiça de uma greve dos funcionários públicos, e garantiu que não quer o regresso da direita (PSD/CDS-PP) ao poder.

Pela nossa parte não queremos voltar ao passado. Há saudosistas que, estando no governo anterior, estão ansiosos por voltar ao poder, mas esses connosco não contam”, garantiu.

Num momento em que o Governo minoritário do PS está a negociar o Orçamento com os partidos à esquerda, o dirigente sindical da CGTP afirmou que o executivo tem a “dupla responsabilidade” de “corresponder às expectativas criadas” e “melhorar as condições de vida e trabalho dos portugueses”.

Para a CGTP, é tudo uma questão de vontade e de opções, entre ter dinheiro, por exemplo, para as Parcerias Público-Privadas e dar resposta às reivindicações dos sindicatos, por exemplo.

“Se o Governo estiver disponível, cá estaremos para encontrar soluções. Se não estiver, serão os trabalhadores a ter a última palavra. Uma coisa é certa: o Governo, se quiser, pode resolver os problemas”, afirmou Arménio Carlos após a reunião com o líder parlamentar comunista, João Oliveira, e a deputada Rita Rato.

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