O secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, manifestou-se nesta quarta-feira convicto de que o 25 de Abril e o 1.º de Maio vão ser “grandes momentos de afirmação dos trabalhadores” pela valorização dos salários e combate à precariedade.

“Formas de luta, neste momento temos aí o 25 de Abril, temos aí o 1.º de Maio, dois grandes momento de afirmação dos trabalhadores“, declarou Tiago Oliveira aos jornalistas, na sede nacional do PCP, em Lisboa.

Este encontro desta quarta-feira com o PCP teve como objetivo apresentar as “principais linhas de orientação” saídas do 15.º Congresso da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses — Intersindical Nacional (CGTP-IN), referiu.

O secretário-geral da CGTP defendeu que “é possível, é necessário” aumentar durante este ano o salário mínimo nacional para os 1.000 euros, e que isso “irá criar as condições para impulsionar a economia”, criticando o Governo por só pretender atingir esse valor em 2028.

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“Chegar aos 1.000 euros [de salário mínimo] em 2028 é revelador de uma política de baixos salários, é relevador de alguém que tem o compromisso de satisfazer os interesses do grande capital em detrimento dos interesses dos trabalhadores”, considerou.

Segundo Tiago Oliveira, o Programa do Governo chefiado por Luís Montenegro “perpetua e acentua uma política de baixos salários, uma política de desregulação dos horários de trabalho, uma política de acentuamento das desigualdades e da precariedade” e “vai ao encontro dos interesses dos grandes grupos económicos, das grandes empresas”.

Neste contexto, a CGTP perspetiva “um grande 25 de Abril, um grande 1.º de Maio, dois grandes momentos de afirmação em que os trabalhadores terão de dar essa resposta, no sentido de conquistar cada vez mais direitos”, afirmou.

“Aquilo que está em cima da mesa não é novidade, a gente já passou por isto no passado em alturas de governação PSD/CDS. Há uma coisa concreta com que podem contar: é com a capacidade de organização, de intervenção, de mobilização da CGTP nos locais de trabalho, com a capacidade de luta dos trabalhadores e afirmação dos trabalhadores”, acrescentou.