Três pessoas morreram esta quarta-feira depois de uma embarcação de pesca ter naufragado ao largo da Figueira da Foz, confirmou ao Observador o comandante Silva Rocha, da Polícia Marítima local. Outra pessoa continua desaparecida. O primeiro balanço era de dois mortos, mas ao início da tarde o responsável confirmou ao Observador que um terceiro corpo foi encontrado “um pouco a sudoeste da zona onde foram encontrados os primeiros dois corpos”.

O porta-voz da Marinha Portuguesa, Pedro Coelho Dias, disse à Agência Lusa que “tudo indica que a embarcação terá ido ao fundo, porque não houve pedido de socorro”. Os meios de salvamento foram ativados assim que foi recebido o alerta no Centro de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa, via rádio baliza de emergência (EPIRB), às 4h16 desta quarta-feira, que por norma só é ativado manualmente ou quando a embarcação vai ao fundo.

Ao Observador, o comandante local também confirmou que não houve um pedido humano de socorro, mas sim o alerta automático enviado pelo rádio baliza de emergência, que é ativado em algumas condições, nomeadamente em contacto com água do mar.

Foram empenhados meios de várias forças de segurança nas buscas: duas embarcações salva-vidas (uma da capitania e outra da Polícia Marítima), um helicóptero da Força Aérea e uma corveta da Marinha, revelou ao Observador o Comandante Silva Rocha.

O comandante Silva Rocha detalhou ainda que os dois corpos foram encontrados a cerca de 11 milhas ao largo da Figueira da Foz, o local onde foi dado o alerta. Foi o meio aéreo que detetou os destroços e encontrou os corpos dos dois pescadores, pelas 8h30. Segundo a Marinha, a embarcação de pesca, de nove metros e registada na Figueira da Foz (embora a tripulação seja de Peniche), poderia ter mais dois tripulantes, mas essa informação ainda está por confirmar.

As buscas continuam no local.

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