Vária empresas já começaram a suspender o apoio à Raríssimas, nomeadamente na delegação Centro, com sede em Viseu, depois do escândalo com as alegadas irregularidades apresentadas numa reportagem da TVI.

Marta Balula, responsável pela delegação Centro da Raríssimas e membro da Direção Nacional – e a dirigente que, antes da demissão da presidente da Raríssima, tinha pedido uma assembleia geral extraordinária para defender a demissão de Paula Brito e Costa –, disse ao Jornal de Notícias que já recusaram apoiar a associação, como é o caso da clínica privada Casa de Saúde, que informou que não vai fazer o donativo.

Não quero apontar nomes, mas há empresas que já nos negaram o apoio”, afirmou a responsável.

Nesta altura do ano, mês do Natal e dos apoios, a associação pode “perder entre 30 a 40% dos donativos totais do ano”, salientou Marta Balula, dizendo que “Faz muita diferença”. As delegações da Raríssimas têm contabilidade separada e vivem das quotas dos associados, dos donativos de empresas e particulares, e das terapias prestadas, que são pagas pelos pais.

É com o valor das doações que é feita a aquisição de equipamento e paga a formação dos técnicos, pelo que, segundo Marta Balula, “Sem donativos não podemos apoiar tão bem, nem tanta gente”. A responsável acrescentou ainda que as terapias têm um preço mais baixo porque uma parte é assegurada “pelas verbas provenientes dos donativos”, e que, se os pais não puderem pagar, a terapia fica comprometida, já que a Segurança Social não comparticipa estes tratamentos.

Marta Balula apelou a que as empresas e particulares “Não confundam as instituições com as pessoas”. Com cerca de 90 associados e várias empresas e particulares que apoiam a associação, a Raríssimas pode vir a perder doações, principalmente de quem não conhece a de perto, devido ao escândalo de corrupção.

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