O secretário-geral da ONU exortou esta sexta-feira os decisores internacionais “a não perderem a oportunidade de uma solução pacífica” para resolver o impasse sobre o programa nuclear da Coreia do Norte, advertindo que uma solução militar teria “consequências catastróficas”.

António Guterres falava em Munique (sudeste da Alemanha), onde começou esta sexta-feira a Conferência de Segurança de Munique, encontro que vai reunir até domingo vários líderes internacionais para discutir políticas de segurança.

Na cidade alemã, o secretário-geral da ONU declarou que o mundo enfrenta, pela primeira vez desde o fim da Guerra Fria, a ameaça de um conflito nuclear por causa dos acontecimentos associados às ambições nucleares da Coreia do Norte.

O ex-primeiro-ministro português, que assumiu a liderança das Nações Unidas em janeiro de 2017, referiu que é necessário garantir que os Estados Unidos e a Coreia do Norte possam “reunir-se e ter uma discussão significativa”.

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E acrescentou: “Acredito que os Estados Unidos estão prontos para fazê-lo (..). É absolutamente essencial manter a pressão sobre a Coreia do Norte e convencer a Coreia do Norte de que é absolutamente vital que se junte à mesa das negociações”.

Até domingo, a conferência em Munique, que também é encarada como um cenário informal para abordar assuntos da diplomacia global, recebe vários decisores internacionais.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, o secretário da Defesa norte-americano, James Mattis, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o chefe do governo iraquiano, Haider al-Abadi, o Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, e os chefes da diplomacia da Rússia, Irão e da Turquia são alguns dos presentes no encontro na cidade alemã.