Jesse Hughes, vocalista dos Eagles of Death Metal, criticou o protesto “March for Our Lives”, que aconteceu no sábado, nos Estados Unidos, pelo controlo das armas de fogo devido aos crescentes massacres que ocorrem nas escolas — o mais recente em Parkland, onde morreram 14 estudantes e três professores. O músico, que estava a dar um concerto no Bataclan, Paris, quando aconteceu o ataque terrorista em 2015, apelidou as manifestações dos jovens de “patéticas e nojentas”.

Os posts no Instagram onde criticou a marcha e onde comparou o controlo das armas para prevenir a violência ao desmembramento de um homem para pôr fim às violações foram apagados. Mas as imagens que partilhou — e que pode ver abaixo — ainda existem. Hughes está agora a ser alvo de duras críticas.

De acordo com o jornal The Guardian, Hughes escreveu que os alunos que sobreviveram ao massacre de Parkland estão a “denegrir a memória e explorar a morte de 14 dos amigos estudantes por alguns likes no Facebook e alguma atenção dos media”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Jesse Hughes atacou a estudante Emma González ao partilhar uma imagem alterada da jovem supostamente a rasgar a constituição quando, na verdade, na foto original, González estava a rasgar um alvo. O músico descreveu-a como traidora e apelidou-a de “sobrevivente do nada”.

Hughes chega mesmo a dizer que os estudantes quiseram apenas ter uns dias sem aulas: “Podia ser divertido se não fosse tão patético e nojento”. Segundo a AFP, o cantor escreveu o seguinte: “Enquanto sobrevivente de um massacre, posso dizer-vos com conhecimento de causa que esses protestos e dias sem aulas insultam a memória daqueles que foram mortos e insultam-me a mim e a todos os outros amantes de liberdade.”

“Ações desses jovens e comunistas mal-intencionados”, foram estas as palavras que Hughes, grande apoiante do presidente Donald Trump, utilizou se referiu às marchas de sábado. O vocalista está a ser alvo de uma onda de críticas.

[Veja no vídeo o poderoso silêncio de Emma González, sobrevivente do tiroteio na Florida, quando discursou este fim-de-semana]