A Coreia do Norte classificou a atitude dos Estados Unidos durante as últimas conversações sobre o programa nuclear de “lamentável”. A declaração foi feita por um funcionário do ministério das Relações Exteriores e que é contrária às declarações feitas por Mike Pompeo horas antes, lê-se na BBC.

O secretário de Estado norte-americano disse que houve progressos durante os dois dias que esteve em Pyongyang, contudo, um comunicado divulgado pela agência oficial de notícias KCNA refere que os Estados Unidos se opuseram ao espírito da cimeira porque “pressionaram unilateralmente o país a abandonar as armas nucleares”.

Um dos principais objetivos da reunião de dois dias em Pyongyang, com o “braço direito” do líder norte-coreano, Kim Yong-chol, era tentar obter compromissos concretos para a desnuclearização. Depois da conversa entre os dois, Pompeo disse que discutiram um cronograma para o desarmamento, incluindo a destruição de uma instalação de testes com mísseis.

São questões complicadas, mas fizemos progressos em quase todas as questões centrais. Em alguns pontos fizemos um grande progresso, noutros ainda há muito trabalho a fazer”, afirmou pouco antes de a Coreia do Norte criticar a sua atitude.

Mike Pompeo e Kim Yong-chol reuniram-se num hotel, na capital da Coreia do Norte, para tentar desenvolver um roteiro pormenorizado com vista à “desnuclearização total” da península. Este objetivo foi acordado na cimeira de Singapura, a 12 de junho passado, entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

Na sexta-feira, Pompeo foi recebido à chegada a Pyonyang por Kim Yong-chol, que afirmou tratar-se da terceira visita ao país do responsável norte-americano, antes de iniciar uma reunião de três horas com responsáveis do regime norte-coreano.

O secretário de Estado norte-americano deixa Pyongyang ao fim do dia com destino a Tóquio, onde vai informar os aliados japoneses e sul-coreanos sobre os avanços das conversações.

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