O presidente da concelhia de Lisboa do PSD, Paulo Ribeiro, considerou que a renúncia de Ricardo Robles ao mandato de vereador da Câmara Municipal retira razão à coordenadora do Bloco de Esquerda, que saiu em defesa do autarca.

Ricardo Robles anunciou hoje a sua renúncia como vereador do BE da Câmara de Lisboa, afirmando ser “uma decisão pessoal” com o “objetivo de criar as melhores condições para o prosseguimento da luta do Bloco pelo direito à cidade”.

A demissão surge na sequência de uma notícia avançada na edição de sexta-feira do Jornal Económico, segundo a qual, em 2014, o autarca adquiriu um prédio em Alfama por 347 mil euros, que foi reabilitado e posto à venda em 2017, avaliado em 5,7 milhões de euros.

Na sequência desta notícia, a concelhia de Lisboa do PSD pediu a demissão do vereador bloquista, acusando-o de “falta de ética, seriedade e credibilidade política”.

Hoje, o presidente da concelhia dos sociais-democratas salientou que o PSD “foi o único partido que, perante os factos conhecidos, exigiu a demissão do vereador Ricardo Robles”, alegando que o bloquista “não tinha condições políticas para continuar a exercer as funções que exercia”.

Na opinião de Paulo Ribeiro, esta decisão “por um lado, vem dar razão ao PSD de Lisboa, e por outro lado vem retirar razão à coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, que ainda este sábado veio dizer que a ação do vereador Ricardo Robles estava em linha e que era consistente com aquilo que é a ação política do Bloco de Esquerda nestas matérias”.

“A sua demissão vem naturalmente dar razão ao nosso pedido, por manifesta insustentabilidade política que era demonstrada para que o vereador Ricardo Robles pudesse continuar a exercer as funções de vereador na Câmara Municipal de Lisboa”, salientou o responsável, em declarações à agência Lusa.

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