Um simpatizante do grupo extremista Estado Islâmico foi condenado esta sexta-feira a prisão perpétua por ter planeado matar a primeira-ministra britânica, Theresa May.

Naa’imur Zakariyah Rahman foi considerado culpado de planear fazer explodir uma bomba nos portões do número 10 de Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro britânico, e depois atacar May com uma faca quando ela surgisse.

O acusado queria “fazer manchetes”, tendo planeado cometer o atentado num momento em que a primeira-ministra estivesse a falar à imprensa à porta da residência oficial, segundo a acusação. Rahman, 21 anos, foi detido em novembro quando foi buscar uma mochila que acreditava estar cheia de explosivos, depois de contactos que pensou serem com membros do grupo extremista Estado Islâmico mas que eram na verdade com polícias.

O juiz Charles Haddon-Cave sentenciou-o esta sexta-feira a uma pena de prisão perpétua, com obrigatoriedade de cumprir pelo menos 30 anos antes de poder pedir a liberdade condicional. Rahman “é um indivíduo muito perigoso e é difícil prever quando, e se, ele vai desradicalizar-se e deixar de ser um perigo para a sociedade”, afirmou o juiz.

O jovem, natural de Birmingham (centro), foi encorajado a planear o atentado por um tio que combatia com o grupo ‘jihadista’ na Síria e acabou por ser abatido por um ‘drone’ (aparelho aéreo não-tripulado). Dois outros tios de Rahman foram detidos em agosto de 2016 por financiamento de atividades terroristas.

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