As opiniões foram muitas e diferentes: houve elogios de “vitalidade”, elogios à pluralidade das candidaturas mas também houve apontamentos críticos sobre o elevado número de candidatos, houve palavras de “gratidão” a quem hoje cessou funções e silêncio sobre o passado. Foram várias as figuras públicas e reconhecidas no universo sportinguista que se deslocaram este sábado ao Estádio José Alvalade, para votar nas eleições presidenciais do Sporting, que aproveitaram para falar sobre as eleições leoninas, aos jornalistas e à televisão oficial do Sporting, em particular.

José de Sousa Cintra, presidente da SAD que cessa hoje funções, foi a estrela da companhia, proferindo um discurso apaixonado na despedida e confraternizado com muitos sportinguistas, trocando cumprimentos, abraços e fotografias com os presentes. Mas houve mais sportinguistas com notoriedade, habitualmente chamados de “notáveis”, a discutir a atualidade leonina, ainda na fila para votar ou já à saída das urnas.

Entre ex-dirigentes, atuais funcionários com notoriedade, antigos atletas e símbolos do clube, o presidente da Assembleia da República Eduardo Ferro Rodrigues e o chef com duas estrelas Michelin José Avillez, a presenças foram muitas. Quase todos reforçaram dois pontos: a necessidade de união do clube depois do processo eleitoral e a convicção de que quem sair vencedor terá de ser “o presidente de todos os sportinguistas” para ter um mandato de sucesso. Duas questões que os sportinguistas presentes sentiram necessidade de reforçar, porventura pelo receio que um elevado número de candidaturas e um futuro em que o presidente eleito à partida terá o voto de menos de metade dos eleitores (entre 30% a 45%) possam fragmentar um clube já muito dividido depois da destituição de Bruno de Carvalho.

Estas foram as personagens secundárias de um dia em que os protagonistas foram, como não poderia deixar de ser, os seis candidatos à presidência do Sporting: João Benedito, Frederico Varandas, José Maria Ricciardi, Dias Ferreira, Rui Jorge Rego e Fernando Tavares Pereira.

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Sousa Cintra quer “paz e felicidade” e reforça feeling: “Acho que o Sporting vai ser campeão”

O presidente da SAD do Sporting que cessa hoje funções teve um discurso apaixonado na despedida. Falou da “lição” dada pelos sportinguistas neste sábado, da “satisfação” por ver os sportinguistas “animados”, da necessidade dos candidatos derrotados “ficarem ao lado do vencedor” porque é preciso ter “o verde e branco unido” e da “grandeza e força” do Sporting “em Portugal, no estrangeiro e em todo o lado”. E ainda reforçou um feeling: “Sempre disse e volto a repetir, não me canso de dizer isto, é de facto aquilo que sinto, não sei porquê mas é verdade: acho que o Sporting este ano vai ser mesmo campeão nacional. E vamos fazer a festa que os sportinguistas merecem.”

Espero que daqui para a frente o Sporting se reencontre com as vitórias, com um ambiente feliz, agradável e de paz, que se acabe com as guerrilhas e mal estar. Interessa é que o Sporting viva uma paz e uma felicidade total e que as vitórias em todas as frentes, não só no futebol, continuem a acontecer”, afirmou.

O antigo presidente do Sporting lembrou que o próximo líder dos leões será, ou terá de ser, “o presidente de todos os sportinguistas”. Acrescentou que sabe “perfeitamente em quem votar”, mas não o revela “porque seria uma falta de respeito para com todas as candidaturas. O que posso dizer é que a lista que ganhar tem-me ao lado para colaborar no que for necessário”.

Os sportinguistas devem estar unidos. As outras listas que perderem devem esquecer o passado, estar unidos. A família sportinguista, a nação sportinguista, o verde e banco unido. O Sporting é um clube de futuro, imparável, tem uma grandeza e força… a palavra Sporting é muito forte, em Portugal, no estrangeiro e em todo o lado. Hoje o grande vencedor tem de ser o Sporting. Vai ser bom para todos e estamos aqui todos para colaborar.”

A campanha esclarecedora, o sonho que é uma realidade e a viagem para Loulé: João Benedito já votou

Vicente Moura deseja “paz, unidade e tranquilidade”

Antigo membro da direção de Bruno de Carvalho com o pelouro das modalidades, Vicente Moura, que foi atleta, presidente do Comité Olímpico e ex-dirigente de Santana Lopes nos leões, pediu paz: “O Sporting precisa de paz, de unidade, de tranquilidade. O presidente que for eleito hoje tem de ser o nosso presidente”.

Membro da comissão de honra do candidato José Maria Ricciardi, Vicente Moura acrescentou que “o Sporting está primeiro que tudo, que os adeptos e sócios. Depois destes meses de instabilidade, os sportinguistas responderam. O Sporting é uma grande força. Bruno de Carvalho? Não vale a pensa falar dele. É o passado e o passado acabou hoje”

Ferro Rodrigues: a “gratidão” aos que saem, a “esperança” e “preocupação” com o futuro

O presidente da Assembleia da República e reconhecido sportinguista, Eduardo Ferro Rodrigues, votou de manhã e falou à Sporting TV, quando estava na fila. Sublinhou, primeiro, “a gratidão que devemos ter com aqueles que nas últimas semanas e meses tiveram responsabilidade de gerir o Sporting e a SAD e fizeram um excelente trabalho”. Revelou, depois, “preocupação porque a situação financeira do clube é relativamente desconhecida. É necessário que haja uma auditoria ao clube e à SAD que tenha resultados muito concretos”. Por fim, deixou “uma palavra de esperança numa vinda massiva dos sócios a estas eleições” e de expectativa para que “todos os candidatos se unam depois desta noite e trabalhem juntos para o futuro do Sporting”.

O dia que não é para falar e a grandeza rumo a mais um recorde: Frederico Varandas já votou

Comovido, Bessone Basto deu uma pista: “As  pessoas sabem em quem vou votar”

Ouvido pela televisão oficial do Sporting, o ex-atleta de andebol, natação e outras modalidades António Bessone Bastos, um histórico do Sporting, comentou a afluência às eleições neste início de manhã, dizendo: “Na minha idade isto até me comove”.

Respeito todas as pessoas que passaram aqui pelo Sporting. Dizem que houve várias candidaturas, eu gostei de as ouvir. Sou um homem das modalidades, as pessoas sabem em quem é que vou votar”, apontou.

Uma pista para desvendar o sentido de voto deste sócio leonino: minutos antes de ser ouvido, cumprimentou e confratenizou com alguns elementos da lista de João Benedito, como Pedro Miguel Moura, ex-campeão do Sporting em ténis de mesa, e Ricardo Andorinho, antigo andebolista dos leões.

Manuel Fernandes: “Era melhor haver dois ou três candidatos”

O ex-avançado e símbolo do Sporting Manuel Fernandes, atual diretor de prospeção do futebol do clube e envolvido no projeto eleitoral de Frederico Varadas, afirmou: “Tenho vindo a muitas votações e nunca vi nada igual. A uma hora destas, as pessoas que aqui estão para votar são sinal de saúde do nosso clube. As pessoas cada vez gostam mais do Sporting, vão escolher quem eles acham que devem escolher. São muitos [candidatos], acho que deveriam ser três, são seis, mas penso que é uma demonstração de vitalidade, de que o Sporting é e continuará a ser sempre um grande clube do futebol português”.

Penso que quando há seis candidatos há uma divisão grande dentro do próprio clube, daí dizer que era melhor haver dois ou três candidatos para não haver esta divisão dentro do próprio clube. As pessoas sempre demonstraram uma correção muito grande e têm de aceitar quem ganhar, os outros têm de aceitar e respeitar a vontade de mais sportinguistas”, acrescentou Manuel Fernandes

O Sporting foi sempre um clube elevado em termos de educação e comportamento e é assim que gosto do Sporting”, apontou. Questionado pela Sporting TV sobre o que irá dizer ao novo presidente dos leões, avançou: “Acima de tudo, que volte às vitórias nos campeonatos nacionais, que aposte tudo na equipa de futebol, nunca deixando para trás as outras modalidades, mas o futebol é que é a alma do nosso clube”.

Os parabéns pela organização, o civismo na fila e o ataque a Torres Pereira: José Maria Ricciardi já votou

Madeira Rodrigues, o candidato desistente: “Fiz o melhor para o clube”

Pedro Madeira Rodrigues, que desistiu da candidatura às eleições do Sporting já na reta final da campanha eleitoral a favor de José Maria Ricciardi, votou e comentou a sua desistência: “Apetecia-me muito estar aqui como candidato, mas fiz aquilo que era melhor para o clube, que acima de tudo é pôr os interesses do clube acima de qualquer outra coisa”.

Tenho pena que fossem tantos candidatos a chegar aqui. Acho que não foi um sinal de união que nós demos, mas agora que ganhe o melhor. Acho que sei quem será o melhor, mas quem for presidente que defenda bem os interesses do clube, que bem precisa depois daquilo que aconteceu”, apontou.

Madeira Rodrigues destacou que este sábado “é o começo de uma nova era, um recomeço para o Sporting e acredito que depois disto o Sporting vai ser cada vez maior. Não tenho qualquer dúvida. O anterior candidato pediu ainda que nas próximas eleições já exista “voto por correspondência eletrónico, nos núcleos”, possivelmente também “segunda volta”. Sobre o feeling de Sousa Cintra de que o Sporting será campeão este ano, Madeira Rodrigues disse acreditar nisso mas estar apenas convicto de que o título chegará na próxima época, 2019/2020. Até por uma questão de matemática: “Fomos em 1979/1980, fomos em 1999/2000, vamos ser em 2019/2020, de certeza”, referiu, visivelmente bem disposto.

Um pouco mais tarde, já não à Sporting TV apenas mas à generalidade dos órgãos de comunicação social, brincou com a desistência dizendo “espero que não haja gente a votar em mim”, visto que o seu nome mantém-se nos boletins de voto, e escusou-se a responder sobre se terá um lugar como administrador da SAD caso Ricciardi, que passou a apoiar, vença as eleições.

Diogo Orvalho recusa comentar “post” de Bruno de Carvalho

Diogo Orvalho, antigo membro da Mesa da Assembleia Geral que esteve envolvida numa polémica por ter apoiado publicamente Frederico Varandas quando não tinha ainda sido comunicado publicamente que tinha deixado de integrar o órgão social, falou aos jornalistas depois de exercer o seu direito de voto, já durante a tarde.

É imperioso saudar todas as pessoas que estiveram envolvidas para que este dia pudesse ser possível. É um dia muito importante para o futuro do Sporting Clube de Portugal. Custou muito a chegar aqui, não vou recordar os acontecimentos dos últimos meses, o que é certo é que os sportinguistas souberam responder em conformidade, souberam respeitar todo o trabalho que foi feito”, apontou Diogo Orvalho.

Para o antigo elemento da MAG, os números já divulgados de afluência às urnas são “um sinal de vitalidade, democracia e do respeito integral dos sócios pelo clube”. Essa afluência, acrescentou, “é a maior resposta que poderia ser dada a quem efetivamente não quis que este dia se realizasse e não quis dar a palavra aos sócios, democraticamente”.

Diogo Orvalho preferiu ainda não comentar uma intervenção recente de Bruno de Carvalho no Facebook, em que o antigo presidente leonino divulgava uma troca de comentários entre Diogo Orvalho e Alexandre Cavalleri, que integra a candidatura José Maria Ricciardi, congratulando-se com a luta pela destituição do antigo presidente.

“A partir deste dia à meia-noite, o importante é que, ganhe quem ganhar, seja quem for o presidente, que todos nos unamos, nos congreguemos e nos aglutinemos em força em redor de um valor comum, que é o Sporting Clube de Portugal e as vitórias que são necessárias”, disse ainda.

A brincadeira na fila, o desejo de estabilidade e a promessa de um só mandato: Dias Ferreira já votou

César Mourão quer “um clube digno e respeitável”, mesmo que “acabe em 10º lugar”

O humorista português é sócio do Sporting e passou pelo Estádio José Alvalade para votar, já durante o período da tarde. À Sporting TV, disse: “Obviamente tinha de estar presente neste ato eleitoral e votar naquilo que eu acho que é o melhor para o Sporting. Quem ganhar passa a ser o meu presidente e o de todos os sportinguistas. Há presidentes com os quais não concordamos e que fazem um mau trabalho, espero que o candidato que vencer faça um ótimo trabalho e represente da melhor forma os sportinguistas”.

Prefiro ter um clube que acabe todos os anos em 10º lugar a não ter um clube digno e respeitável. Acho que os sportinguistas se uniram realmente desta vez. O que aconteceu no passado recente do Sporting não foi bom e os sportinguistas não querem isso para o seu clube. Sempre aprendi que ser do Sporting é ser diferente, gosto de um clube digno, em que possamos acreditar, em que quando na televisão o presidente falar, acreditamos que é assim e é isso que queremos. Se somos campeões ou não, é-me indiferente.”

Luís Duque: “Vamos ser grandes, com certeza”

Luís Duque, antigo homem forte do futebol dos leões que apoia Frederico Varandas, afirmou à SIC que “os sócios deram hoje uma resposta” sobre a grandeza do Sporting. “É importante depois dos tempos conturbados que o clube viveu que os sócios queiram juntar-se neste ato eleitoral e marcar uma nova era a partir de amanhã”.

Para o antigo dirigente de futebol, que também passou pela presidência da Liga de futebol, “todos os candidatos querem com certeza o melhor para o Sporting e o presidente será o presidente de todos os sportinguistas. Com esta força destas pessoas e com a grandeza desta instituição, vamos ser grandes, com certeza”.

Paulo Abreu quer que se una a família “que tão desunida tem andado”

O ex-dirigente do Sporting e ex-presidente do grupo Stromp falou sucintamente à comunicação social: “Temos vários projetos confrontados uns com os outros, passámos a fase de discussão dos mesmos, hoje era um dia de votação e de uma definição que espero que seja de um presidente do Sporting com capacidade de unir a família sportinguista, que tão desunida tem andado.

A crítica à não existência de voto eletrónico, a importância dos núcleos e um passado de vencedor: Tavares Pereira já votou

Júlio Rendeiro, símbolo do hóquei em patins, pede projeto que aumente receitas

Antigo campeão europeu de hóquei em patins pelo Sporting, membro do quinteto maravilha que compôs uma das melhores equipas de sempre das modalidades do Sporting — ao lado de Ramalhete, Sobrinho, António Livramento e Chana –, Júlio Rendeiro destacou a “excelente organização” das eleições. “Tudo isto está muito bem montado, as pessoas votam com fluidez e rapidez e isso revela, é preciso salientar porque é justo, os cuidados que foram tidos na organização. Depois, esta afluência não pode deixar de significar um interesse especialíssimo que os sportinguistas têm, percebem o momento delicado que o clube atravessa e não deixam de vir expressar a sua vontade, abdicando de ficar em casa e contribuindo para que o momento difícil que o Sporting vive seja ultrapassado rapidamente.”

Sempre me habituei a encontrar na massa associativa do Sporting respostas notáveis às dificuldades que o clube atravessa. Uma coisa que sempre me tocou é o grau de fidelização desta massa associativa, que muitas vezes não sendo bafejada pelo sucesso desportivo acaba por se manter fiel ao clube e acaba por entregar ao Sporting todo o amor através da sua presença nos momentos decisivos”, referiu ainda

Júlio Rendeiro, que é mandatário da candidatura de Frederico Varandas, defendeu que acredita que a solução para o Sporting passa por “projetos que assentem fundamentalmente no aumento da receita do clube. São a meu ver os projetos que do meu ponto de vista mais solidez apresentam para resolver a problemática financeira do clube. O clube tem um negócio central que é o desporto e dentro do desporto o futebol, portanto as receitas têm de ser dinamizadas fundamentalmente nessa área. Mas não só, há muita coisa para fazer para poder potenciar todo o poder e capacidade de consumo por amor ao Sporting que os 3.5 milhões de adeptos do Sporting têm”.

Miguel Albuquerque: “Chega de convulsões”

O atual diretor de futsal dos leões, Miguel Albuquerque, que passará a diretor-geral das modalidades caso Frederico Varandas vença as eleições do Sporting, votou de manhã, bem cedo, e disse que não pôde “estar na fila completa”, já que tinha de “ir para o Algarve”, onde a equipa de futsal disputou e venceu esta tarde, em Loulé, a Supertaça de Futsal.

“Talvez seja o ato eleitoral mais importante da história do Sporting. Senti alegria aqui nos sócios e a expetativa é que seja um ato eleitoral livre e que a escolha dos sócios prevaleça”, referiu. Dizendo que “obviamente” espera que Frederico Varandas vença as eleições, o funcionário do clube apontou:

Interessa que os valores do Sporting sejam aqui destacados importa que consigamos unir o Sporting seja quem for o vencedor. Chega de convulsões no Sporting, já temos a nossa quota parte de convulsões. Importa remarmos todos para o mesmo lado independentemente das nossas convicções”.

Miguel Albuquerque disse ainda: “Amanhã haverá um presidente do Sporting Clube de Portugal que terá de ser o presidente de todos os sportinguistas”. Sobre a aposta futura nas modalidades, do presidente que vier a ser eleito, o diretor de futsal do Sporting referiu que “durante a campanha eleitoral, à exceção de uma lista, foi óbvio aquilo que era o caminho das modalidades do Sporting”. Miguel Albuquerque não especificou qual era essa lista, mas a farpa poderá ter sido enviada a José Maria Riccairdi, candidato que defende maior contenção de custos no clube e na SAD e com quem Frederico Varandas, o candidato que apoia, teve debates “acesos”.

A atenção dada pelas câmaras, a recusa da oposição e a declaração de amor ao clube: Rui Jorge Rego já votou

Soares Franco: “Quando se passa por aquela cadeira…”

O antigo presidente do Sporting, Filipe Soares Franco, falou à Sporting TV já perto do final da tarde, depois de ter votado nas eleições deste sábado. Para Soares Franco, a afluência às urnas “significa que os sócios do Sporting querem ter uma palavra a dizer sobre o futuro do Sporting. Acho importantíssimo esta mobilização ter acontecido.”

“Quando se passa por aquela cadeira de presidente do Sporting as emoções do Sporting sentem-se sempre de uma forma muito diferente, mais profunda”, atirou ainda, a propósito da relação com um dia como o de hoje.

Nélson, guarda-redes campeão: “É um clube de uma grandeza enorme”

Nélson, antigo guarda-redes e treinador de guarda-redes que se sagrou campeão pelo Sporting enquanto jogador, votou ao final da tarde e afirmou que a afluência dos sportinguistas neste sábado “demonstra a força deste clube. É um clube de uma grandeza enorme e hoje está aqui mais do que demonstrado.

Há uma paixão muito grande. As pessoas acreditam que o futuro pode ser risonho. Este clube precisa de estabilidade porque só com essa estabilidade tem a possibilidade de ganhar. Há um pouco a necessidade de títulos, acho que é isso também que move estas pessoas, que no fundo estão aqui pelo amor ao clube. O Sporting é um clube diferente por causa disso, noutros clubes, na mesma situação se calhar não estaria tanta gente. Verde é a cor da esperança e vamos acreditar que o Sporting vai estar em breve de volta aos títulos.”

Questionado sobre se estava esclarecido quanto ao melhor projeto para o futuro do Sporting, Nélson respondeu: “O que quero é que o Sporting saia vencedor destas eleições e que quem ganhar traga a estabilidade necessária para o clube voltar aos êxitos desportivos no futebol”.

O dia em que o Sporting escolhe o novo presidente (e pode bater um recorde) em imagens

Vieira da Silva, um ministro a votar

Vieira da Silva, ministro do Trabalho do Governo de António Costa, também foi votar nas eleições do Sporting. À SIC, falou numa “necessidade de intervenção no clube que o estabilize, que acabe com estes meses de lutas internas que foram prejudiciais para uma instituição pública de grande importância, centenário, que tem um lastro na nossa sociedade muito relevante, tem uma cultura própria. Espero que quem ganhe estas eleições, legitimado por esta enorme afluência de sócios, tenha a humildade, capacidade e vontade de abandonar esta política de casos, acusações e contra-acusações e trabalhar pelos atletas, pelas crianças e pelos jovens que aqui aprendem uma atividade desportiva.

Tive aqui os meus filhos como atletas do Sporting e sei a importância para um jovem que é trabalhar numa instituição com esta grandeza. Essa responsabilidade quem a ganhar vai ter. Desejo que o Sporting volte a ser um baluarte da atividade associativa e desportiva deste país.”

Vieira da Silva disse não conhecer em profundidade a situação financeira do Sporting: “Não tenho participação ativa na vida associativa até porque considero que as minhas funções públicas não são compatíveis com isso. Limito-me a participar nos órgãos e assistir aos jogos que posso. Mas a situação financeira de um clube como o Sporting é sempre um fator fundamental, sem esse equilíbrio financeiro torna-se muito mais difícil que o clube cumpra a sua função. A função do Sporting não é dar lucro mas sem contas bem geridas, sem equilíbrio financeiro, torna-se muito mais difícil que a promoção do desporto, da aprendizagem e formação à componente profissional, tenha resultados que os sportinguistas ambicionam”.

“Sou do Sporting não apenas porque gosto de futebol e da equipa de futebol do Sporting mas porque gosto do Sporting na sua história multifacetada, com grandes nomes, alguns não só do desporto mas da sociedade portuguesa, que vestiram as cores verdes e brancas ao longo do último século”, apontou ainda o ministro socialista.

Nélson: “É um clube de uma grandeza enorme”

Nélson, antigo guarda-redes e treinador de guarda-redes do Sporting, votou ao final da tarde e afirmou que a afluência dos sportinguistas neste sábado “demonstra a força deste clube. É um clube de uma grandeza enorme e hoje está aqui mais do que demonstrado.

Há uma paixão muito grande. As pessoas acreditam que o futuro pode ser risonho. Este clube precisa de estabilidade porque só com essa estabilidade tem a possibilidade de ganhar. Há um pouco a necessidade de títulos, acho que é isso também que move estas pessoas, que no fundo estão aqui pelo amor ao clube. O Sporting é um clube diferente por causa disso, noutros clubes, na mesma situação se calhar não estaria tanta gente. Verde é a cor da esperança e vamos acreditar que o Sporting vai estar em breve de volta aos títulos.

Questionado sobre se estava esclarecido quanto ao melhor projeto para o futuro do Sporting, Nélson respondeu: “O que quero é que o Sporting saia vencedor destas eleições e que quem ganhar traga a estabilidade necessária para o clube voltar aos êxitos desportivos no futebol”.