Esta incursão da Peugeot pelo baú da história é tão curiosa como complicada, isto porque não abundam os veículos que tenham sido emblemáticos, especialmente fora do mercado francês. Em termos internacionais, nada mexe com o público como o pequeno 205, modelo que salvou a marca gaulesa e que ainda hoje usufrui de uma imagem notável. A sua popularidade foi alavancada, à época, por o modelo de série – bem como a sua versão desportiva, o 205 GTi – ter surgido em simultâneo com o 205 Turbo16, que dominou (e marcou) o Campeonato do Mundo de Ralis, que venceu em 1985 e 86.

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O 504 Coupé nunca foi tão popular, especialmente quando comparado com outros produtos da PSA, sobretudo Citroën, do Traction Avant ao 2CV, passando pelos DS, SM e CX. Contudo, foi o melhor coupé francês da altura e chegou a brilhar nos duros ralis africanos, onde, apesar da sua menor rapidez, impunha a maior robustez.

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Em Paris, a marca francesa vai revelar o E-Legend Concept, um veículo eléctrico e autónomo de inspiração obviamente rétro. Esta é, pelo menos, a interpretação do responsável pelos protótipos da Peugeot, Matthias Hossann, obviamente satisfeito com a sua criação, onde monta uma bateria com a capacidade de 100 kWh, destinada a alimentar os motores eléctricos que totalizam 463 cv e um respeitável torque de 800 Nm.

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Com o mencionado packaging de motores e acumulador, o E-Legend será capaz de uma autonomia de 600 km, sem que a marca revele a norma utilizada para o cálculo. A passagem à produção em série não foi anunciada e muito provavelmente não será, uma vez que o modelo eléctrico, com a sua frente enorme e apenas duas portas e bancos com uma distribuição 2+2, não faz grande sentido para um automóvel que anuncia ser autónomo. Mas vale pelo exercício de estilo e pela confirmação que o centro de design da marca está vivo e recomenda-se.