A uma semana e dois dias da segunda volta das eleições presidenciais brasileiras, nas quais Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), e Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), vão-se confrontar novamente na urnas, a campanha é feita nas redes sociais. O Estadão avança que 70,7% das publicações, cerca de 5 em cada 7, do PSL no Twitter foram feitos por máquinas.

A investigação foi feita pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP) da Fundação Getulio Vargas (FGV) e corresponde às publicações feitas no Twitter na semana entre 10 e 16 de outubro. Ao todo, 852,3 mil publicações foram feitas por ‘bots‘ (contas automáticas que utilizam inteligência artificial), o que correspondeu a 10,4% de todas as interações feitas sobre o tema.

Enquanto Bolsonaro teve 602,5 mil publicações identificados como tendo sido feitas por algoritmos, o candidato do PT teve 240,2 mil. Esta quarta-feira, no Twitter, os dois candidatos trocaram insultos, com Bolsonaro a apontar a “íntima relação” de Habbad com Lula da Silva como a razão para não debater pessoalmente com o candidato. “Quem conversa com poste é bêbado”, disse o candidato do PSL.

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Redes sociais como o Twitter e o Facebook têm focado grande parte do esforço de segurança nestas eleições presidenciais brasileiras e nas próximas eleições intercalares americanas. O objetivo tem sido evitar a proliferação de ‘fake news’ [notícias falsas] e casos como a Cambridge Analytica, que utilizou publicidade direcionada a informação que tinha obtido indevidamente de dezenas de milhões de pessoas.

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