A Comissão Europeia aprovou esta quinta-feira a aquisição da totalidade do capital da Cimpor Portugal pelo fundo turco OYAK (Ordu Yardimlasma Kurumu), após concluir que a operação não levanta problemas ao nível da concorrência.

“A Comissão concluiu que, embora tanto a Cimpor Portugal como a OYAK sejam ativas na indústria cimenteira, a operação proposta não suscita inquietações ao nível da concorrência”, uma vez que “as duas empresas não estão ativas nos mesmos mercados geográficos”, anunciou o executivo comunitário.

No final de outubro do ano passado, a Cimpor — que era detida pela brasileira Camargo Corrêa — assinou um contrato com o OYAK para a venda de todos os ativos que compõem a Unidade de Negócio de Portugal e Cabo Verde da cimenteira. Com este negócio, o grupo alienará as três fábricas e as duas moagens de cimento, as 20 pedreiras e as 46 centrais de betão localizadas em Portugal e em Cabo Verde, referiu, sem adiantar o valor da operação.

No início de dezembro, a OYAK notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) para que se pronunciasse sobre a operação, que precisava também da “luz verde” de Bruxelas, agora confirmada. A empresa vai continuar instalada em Portugal, e com negócios em África (Moçambique, Egito e África do Sul) e América Latina (Paraguai, Argentina e Brasil).

Em 2017, a Cimpor registou um prejuízo 490,3 milhões de euros, o que representou uma redução face às perdas de 787,6 milhões de euros verificadas no ano anterior.

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