A Companhia de Bioenergia de Angola (Biocom) anunciou esta quinta-feira que vai exportar em abril, pela primeira vez, 8.500 metros cúbicos de etanol hidratado para a Europa, num valor global de 3,5 milhões de dólares (três milhões de euros).

Num comunicado enviado à agência Lusa, a Biocom refere que este primeiro carregamento se deve à assinatura de um contrato entre a empresa angolana e uma das principais produtoras europeias de etanol de alta qualidade, especialmente utilizado para fins industriais e igualmente produtora de biocombustível.

A Biocom, que junta em Malanje (norte de Angola) os brasileiros da Odebrecht e a petrolífera angolana Sonangol, possui atualmente uma área plantada de 24.090 hectares de cana de açúcar. Produziu, no ano agrícola de 2018, 73 mil toneladas de açúcar e 17 mil metros cúbicos de etanol.

Para o diretor-geral da Biocom, Luís Gordilho, citado no comunicado, a exportação de etanol significa que a empresa está alinhada com as políticas do Governo angolano para a substituição das importações, diversificação da economia, melhoria do ambiente de negócios, produção nacional de bens de primeira necessidade e aumento das exportações. “Esta é a primeira vez que Angola exportará etanol. Estamos muito satisfeitos pela Biocom ter alcançado este feito e esperamos ser a primeira de muitas outras exportações que o país irá realizar”, destacou o diretor-geral adjunto da Biocom, Luís Bagorro Júnior, também citado no documento.

A nota destaca que, com um efetivo de 2.500 trabalhadores – 97% nacionais e 3% expatriados -, a Biocom, instalada no Polo Agroindustrial de Capanda, é a maior empresa privada de Angola do setor não petrolífero.

Instalada no município de Cacuso, a 75 quilómetros da cidade de Malanje, a Biocom é um dos maiores projetos agroindustriais angolanos, liderada pelo grupo brasileiro Odebrecht, que detém 40 por cento do capital da sociedade, na mesma percentagem do grupo Cochan e ainda com a petrolífera estatal Sonangol (20%). Além do açúcar e do etanol, a Biocom gera eletricidade que vende à rede pública.

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