São botões da dimensão de alarmes de incêndio, e, segundo o The Guardian, já estão a ser vendidos a escolas e igrejas nos Estados Unidos. Os botões de pânico criados pela startup israelita Gabriel servem para chamar a polícia no caso de um ataque — como o tiroteio de Stoneman Douglas, em 2018 que matou 15 alunos, ou o ataque às mesquitas em Christchurch, neste mês de março, em que morreram 50 pessoas.
Os alarmes têm de ser premidos para entrarem em ação, e depois lançam de imediato o alerta e ligam câmara e microfones que permitem à polícia aceder a imagens do interior do edifício durante o ataque. “Tivemos sucesso a educar uma geração inteira sobre como agir de forma segura com um fogo”, afirmou o fundador da Gabriel, Yoni Sherizen, à mesma publicação, sublinhando que “os perigos com que as crianças têm de lidar hoje são tiroteios e ataques terroristas“, sendo necessário aplicar a mesma lógica de emergência a essas situações.
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Os primeiros clientes da Gabriel serão 25 sinagogas em Detroit, preocupadas com sentimentos antissemitas nos EUA. Os crimes de ódio — motivados por sentimentos discriminatórios — subiram 17% na América do Norte desde 2017, de acordo com dados do FBI citados pela BBC. É o terceiro ano consecutivo de crescimento no país. Dos 7.175 crimes de ódio nos EUA em 2018, cerca de 8% foram contra judeus.
Yoni Sherizen explica que criou o produto após ver em primeira mão a desordem num ataque a um centro comercial em Telavive em 2016: “Havia caos total durante e depois do ataque. Tanto que um polícia fora de serviço até protegeu, sem se aperceber, um dos atacantes pensando que era uma vítima“.
No mínimo, instalar os botões de pânico da Gabriel custa 8.890 euros. É o suficiente para comprar dez botões, pagar pelos serviços de montagem, licenciar a aplicação que os acompanha e cobrir um ano do serviço de apoio. A startup vai focar-se no mercado norte-americano devido à grande incidência de tiroteios em escolas nos EUA: em 2018 foram 340.