Dez chefs, sete bandas, comida e muito fogo: O Chefs on Fire vai regressar a Cascais no próximo dia 14 de setembro e promete voltar a aquecer corpo e alma com cinco estrelas Michelin à mistura. Voltando a ocupar o espaço FIARTIL, o evento que põe cozinheiros a domar fogo e alimentos ao som de boa música já tem cartaz fechado e há muitas novidades à mistura. A maior será seguramente a “internacionalização” do alinhamento, havendo pela primeira vez um cozinheiro estrangeiro, Dave Pynt, do célebre Burnt Ends (em Singapura, com uma estrela Michlein), bem como duas atuações musicais não portuguesas, a de Adam Naas e dos The Harpoonist And The Axe Murderer.

Pynt é uma verdadeira referência no mundo da cozinha de fogo e fumo, muito graças ao seu “Burnt Ends”. Este restaurante que lidera desde maio de 2013 já lhe rendeu uma estrela Michelin, é paragem obrigatória para qualquer um que passe por Singapura e trabalha exclusivamente com madeira (de macieira ou amendoeira) ou carvão. Ao seu serviço tem um conjunto de grelhas feitas à medida que podem chegar a temperaturas perto dos 1 700 graus. A acompanhá-lo estará um igualmente luxuoso contingente português onde figuram alguns repetentes do ano passado como Vasco Coelho Santos (do Euskalduna Studio e do Semea, no Porto) ou João Rodrigues (do Feitoria, com uma estrela Michelin, e do Rossio Gastrobar, ambos em Lisboa), mas uma grande maioria de estreantes no fire pit mais famoso do país: Kiko Martins (A Cevicheria, O Talho e O Asiático), João Oliveira (do Vista, em Portimão, que tem uma estrela Michelin), Alexandre Silva (do Loco, em Lisboa, com uma estrela Michelin), Nuno Castro (da Esquina do Avesso e do Fava Tonka, em Leça da Palmeira), Rodrigo Castelo (da Taberna O’Balcão, em Santarém, e d’O Mariscador, em Lisboa), Carlos Teixeira (da Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz) e Márcio Baltazar (chef pasteleiro no Ocean, em Alporchinhos, com duas estrelas Michelin).

O francês Adam Naas e os canadianos The Harpoonist And The Axe Murderer são alguns dos nomes que vão brilhar num palco diferente, menos gastronómico. O primeiro trará a sua electro-pop sensual e dengosa enquanto os segundos apresentaram o seu rock descontraído à la Black Keys. Tudo isto, claro está, com a companhia de nomes portugueses como o dos enormes Dead Combo, Miguel Araújo, Marta Ren & The Groovelvets, Lena d’Água e um outro convidado surpresa ainda por desvendar.

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Esta segunda edição do festival que em 2018, na sua estreia, deixou logo uma marca no panorama gastronómico nacional estará mais adulta, mais ciente das dificuldades e desafios de fazer um evento destas proporções e características, mas sem por entrar em grandezas — o número de bilhetes será igual ao do ano passado, 1500 (75€ para adulto e 25€ para criança, sendo que inclui um prato de cada um dos 10 chefs, 5 bebidas e acesso aos concertos), e os mesmos já estão à venda aqui. “O melhor cartaz do mundo não vale muito se estiver entalado entre 20 mil pessoas depois de meia hora à espera de um cachorro mau e caro”, afirma o organizador do evento, Gonçalo Castel Branco, em comunicado oficial.

Chefs on Fire: e se sete cozinheiros brincassem com o fogo?

Da edição anterior transita também a forte componente de responsabilidade social e ambiental, latente em medidas como o facto de ser um festival livre de plástico, de 5€ do bilhete serem doados aos Bombeiros Voluntários do Estoril e de existir a recém criada Mata Chefs on Fire, zona onde o festival, em parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, planta um número de árvores equivalente à quantidade de lenha que usou para alimentar as brasas.

Chefs on Fire
FIARTIL, Estoril
14 de setembro de 2019, das 12h às 24h
Bilhetes a 75€ (adultos) e 25€ (crianças)