O Pentágono, sede do departamento da Defesa dos Estados Unidos da América, estará neste momento a avaliar a hipótese de apresentar à Casa Branca um plano de envio massivo de soldados norte-americanos para o Médio Oriente. A informação foi avançada por responsáveis do Pentágono (não identificados) a meios de comunicação como a CNN e a agência de notícias Associated Press. O contingente poderá atingir os dez mil soldados, que engrossariam a presença de tropas norte-americanas no Médio Oriente.

A CNN refere que os principais elementos da equipa de segurança de Donald Trump deverão ser informados dos detalhes deste plano militar já esta quinta-feira. Tanto esta estação norte-americana como a Associated Press noticiam que o envio enquadrar-se-ia numa estratégia para “fortalecer defesas contra ameaças iranianas”, numa altura em que a tensão entre EUA e Irão é notória.

Há dois dias, o presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, tinha publicado uma mensagem nas redes sociais em jeito de aviso. No (curto) aviso, lia-se: “Se o Irão quiser lutar, esse será o fim oficial do Irão. Nunca mais ameacem os Estados Unidos!” A mensagem surgiu em resposta a uma declaração de Hossein Salami, chefe do Corpo da Guarda Revolucionária do Irão — uma das divisões das Forças Armadas deste país —, em que este dizia que os iranianos, ao contrário dos EUA, não temiam entrar em guerra.

As fontes que fizeram chegar a notícia deste plano militar à imprensa norte-americana sublinharam que “ainda não foi tomada nenhuma decisão”. Desconhece-se ainda, também, qual seria a resposta da Casa Branca ao plano da Defesa, que poderia escalar as tensões militares no país. Além do envio de dez mil soldados, o plano contemplaria ainda enviar mais navios e mais baterias de mísseis para o Médio Oriente.

A CNN refere que parte deste contingente poderia estar contemplado apenas como prevenção, para o caso das tensões subirem a ponto de os Estados Unidos da América estarem convictos de que um ataque do Irão está iminente. Um destacamento de tropas deste grau exigiria a aprovação do presidente norte-americano Donald Trump, acrescenta a CNN, que refere ainda que a discussão em torno deste plano estará diretamente ligada à suspeita dos EUA de ataques a forças militares norte-americanas e a unidades estratégicas do país no Médio Oriente.

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