A Fiat Chrysler Automobiles (FCA), que inclui marcas como Abarth, Alfa Romeo, Chrysler, Dodge, Fiat, Jeep, Lancia, Maserati e RAM, e o Grupo Renault (Renault, Dacia, Alpine, Samsung Motors e AutoVaz) anunciaram estar a discutir uma eventual fusão. A operação, proposta pela FCA, prevê a criação de uma companhia independente, detida em partes iguais e sediada na Holanda. Agregando o portefólio de marcas de ambos os grupos, a nova organização passaria automaticamente a ser o 3.º maior grupo automóvel mundial, com a venda conjunta de 8,7 milhões de veículos/ano, logo atrás dos cerca de 10 milhões de unidades registadas pelos grupos VW e Toyota.

Numa curta nota enviada à imprensa, o grupo francês “confirma ter recebido uma proposta da FCA sobre uma potencial fusão a 50/50 entre o Grupo Renault e a FCA” e adianta que “o Conselho de Administração da Renault irá reunir esta manhã para discutir esta proposta”. A marca francesa dá ainda conta que pretende difundir um comunicado mais esclarecedor após esta reunião.

Já da parte da FCA não faltam os detalhes acerca do negócio que está em cima da mesa. Garantindo desde já que não está em causa o fecho de unidades fabris em resultado desta fusão, o grupo italo-americano estima poupanças anuais na ordem dos 5.000 milhões de euros e adianta como seria a composição do board da nova entidade. “Seria composto por 11 membros, sendo a maioria independente e com igual representação de quatro membros para a FCA e para o Grupo Renault, bem como um nomeado pela Nissan.”

Geograficamente, com base nas vendas globais dos dois conglomerados em 2018, a FCA estima que a fusão que está em cima da mesa permitiria atingir receitas anuais na casa dos 170 mil milhões de euros, prevendo um lucro operacional superior a 10.000 milhões de euros e um lucro líquido acima dos 8.000 milhões.

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