Um juiz do Supremo Tribunal de Justiça espanhol, Pablo Llarena, aceitou o pedido do Ministério Público e reativou o mandado de detenção europeu para a extradição de Carles Puigdemont, ex-Presidente do governo regional da Catalunha que está atualmente na Bélgica e é acusado de sedição e peculato em Espanha.

De acordo com o El mundo, após o julgamento desta segunda-feira, que resultou na condenação de nove políticos catalães que prepararam e executaram o referendo independentista de 1 de outubro de 2017 a penas de prisão que vão até aos 13 anos, o juiz considerou o pedido do Ministério Público justificável. Desta forma, Puigdemont, que foi a grande ausência deste julgamento, pode ser detido já na Bélgica.

Supremo espanhol condena independentistas catalães a penas até aos 13 anos

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Em julho de 2018, Carles Puigdemont estava detido na Alemanha quando o mandado de detenção europeu foi retirado. Tudo porque as autoridades tinham aceitado extraditá-lo para Espanha mas apenas pelo crime de peculato. O Governo de Madrid não aceitou essa condição: ou era julgado pelos dois crimes ou não aceitariam o seu regresso.

Criado o impasse, o mandado europeu acabou por ser cancelado, permitindo a Puigdemont que circulasse por solo europeu. Foi nessa altura que Puigdemont anunciou o seu regresso à Bélgica, país onde se exilou quando foi acusado em Espanha e onde se encontra atualmente. “É lá que vou basear a minha intervenção política”, anunciou na altura.

Sem mandado de detenção europeu, Puigdemont vai regressar à Bélgica

No julgamento desta segunda-feira, a pena mais pesada aplicada aos políticos catalães foi para Oriol Junqueras, presidente do partido Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) e ex-vice-presidente de governo regional da Catalunha, que estará preso de 13 anos pelos crimes de sedição e de desvio de fundos. Os ex-conselheiros Jordi Turull, Raül Romeva e Dolors Bassa foram também condenados pelos mesmos crimes, mas com penas de 12 anos de prisão.