O Sindicato dos Jornalistas (SJ) apresentou uma queixa na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) contra o Benfica por o clube ter vedado o acesso a um jornalista do Jornal de Notícias (JN) ao jogo com o Portimonense.

Num comunicado enviado esta quinta-feira, o SJ “condena a atitude do Sport Lisboa e Benfica (SLB) em vedar o acesso a um jornalista do Jornal de Notícias (JN), destacado para fazer a cobertura do jogo com o Portimonense, na quarta-feira à noite, no Estádio da Luz”.

O SJ declara o seu apoio ao jornalista que foi impedido de entrar no estádio e ao JN, adiantando ainda que “secunda a queixa, que foi apresentada pelo referido órgão de comunicação social junto da Polícia de Segurança Pública. O SJ apresenta-a, igualmente, junto da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC)”.

Em causa está a intervenção de um jornalista do JN numa conferência de imprensa no Brasil, com Jorge Jesus, que motivou fortes críticas do Benfica e justificou a decisão do clube em não atribuir credencial ao jornal.

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O SJ considera que “a recusa de credenciação de um jornalista, sem qualquer justificação, viola os artigos 8.º, 9.º e 10.º do Estatuto do Jornalista, bem como os artigos 2.º e 22.º (alínea b) da Lei de Imprensa”, lê-se na mesma nota.

Na mesma nota, o sindicato “exorta todos os intervenientes do fenómeno desportivo a respeitarem a liberdade de informação e a liberdade de opinião”.

Na sua newsletter, o Benfica escreve que “lamenta que, passados quatro dias das insultuosas declarações, amplamente divulgadas e comentadas, por parte de um jornalista do Jornal de Notícias, durante a conferência de imprensa realizada pelo treinador Jorge Jesus no final do jogo Flamengo — CSA, até hoje, da parte da Direção daquele órgão de Comunicação Social, não exista nenhum esclarecimento sobre se aquela intervenção se identifica ou está de acordo, ou não, com as orientações da sua linha editorial”.

Por isso, o clube decidiu “não acreditar e autorizar o acesso às suas instalações por parte de representantes de um órgão de comunicação social que não se comporta como tal, de acordo com todos os códigos orientadores do setor e da prática do jornalismo”.