O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, quer mais 80 milhões de euros no Orçamento do Estado (OE) para 2020, mas o ministro das Finanças não lhos quer dar. De acordo com o jornal Público, Mário Centeno apenas prevê um aumento de 16 milhões em relação ao OE do ano passado.

Embora o primeiro-ministro esteja consciente na necessidade de reforçar os orçamentos das Forças Armadas e forças de segurança, o ministro das Finanças quer aplicar a mesma regra a todos os ministérios: aumentar apenas 1% em relação ao orçamento do ano anterior. Seguindo esta lógica e tendo em conta que, em 2019, o orçamento para o ministério da Administração Interna foi de 1.598 milhões, a proposta de Centeno é que suba para os 1.614 milhões.

Mas Cabrita não fica satisfeito. O ministro diz que são precisos 1.678 milhões de euros — um aumento de 5% —, para fazer face às reivindicações das forças de segurança evidenciadas na manifestação conjunta da PSP e da GNR da passada quinta-feira.

Quem são e o que querem os polícias com “a maior manifestação de sempre”?

Segundo o mesmo jornal, a exigência de Cabrita tem um destino: regularizar o salário dos agentes das forças de segurança e fazer face a despesas extraordinárias como o pagamento do suplemento remuneratório durante as férias — suspenso pelo Governo de Passos Coelho, em 2011, e que levou até a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia a levar o caso ao Supremo Tribunal Administrativo. A decisão foi favorável às forças de segurança que viram este suplemento voltar a ser pago a partir de janeiro deste ano.

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