O proprietário da quinta onde Julen, de 2 anos, morreu ao cair num poço, em Totalán, Málaga, no ano passado, foi esta terça-feira condenado a um ano de prisão depois de se declarar culpado de morte por imprudência grave. O acordo alcançado com os pais da criança refere que estes serão compensados em 180 mil euros.

A audiência foi realizada no Tribunal Penal número 9 de Málaga e o acusado, além de reconhecer os factos que lhe foram imputados pelo procurador e pela acusação particular, pediu desculpas e garantiu que nunca quis “que acontecesse algo com a criança”.

O magistrado pronunciou a sentença verbalmente, considerando as atenuações do reconhecimento tardio dos factos e a reparação parcial dos danos.

O juiz também decidiu que cada um dos pais receberá uma indemnização de 89.529,27 euros e a junta de Andaluzia será ressarcida pelas despesas no resgate da criança em 663.982,45 euros.

Julen, a criança de 2 anos, caiu num poço junto à necrópole da Tumba Del Moro, local turístico em Málaga, na região da Andaluzia, no dia 13 de janeiro de 2019. Treze dias depois, as equipas de resgate espanholas encontraram a criança já morta. A criança ficou presa num túnel de 25 centímetros de diâmetro e 107 metros de profundidade.

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As características do terreno, de extrema dureza, dificultaram o trabalho de perfuração de um túnel vertical de 60 metros paralelo àquele em que a criança caiu, o que atrasou a entrada em ação da brigada mineira para escavar a galeria de acesso ao local.

Segundo os meios de comunicação, o acordo com os pais de Julen previa prisão com pena suspensa ao proprietário.

Julen. Pais da criança que morreu no poço em Málaga chegam a acordo com dono do terreno. Caso não será julgado