Este domingo ficou marcado pela morte inesperada de Kobe Bryant, estrela da NBA, num desastre de helicóptero. Em noite de Grammys, a 62ª, a cerimónia só podia ter arrancado com uma homenagem ao atleta e à filha de 13 anos que morreu no mesmo acidente. “Esta noite é para o Kobe”, disse Lizzo, a quem coube abrir as hostilidades no Staples Center, em Los Angeles.

Depois de uma atuação enérgica, que envolveu orquestra, bailarinas com tutus luminescentes, duas canções e um solo de flauta transversal, foi Alicia Keys, anfitriã dos prémios pelo segundo ano consecutivo a elevar o tom da homenagem. “Estamos todos a sentimos uma tristeza imensa neste momento. Hoje cedo, Los Angeles, a América e o mundo inteiro perderam um herói. Estamos aqui de coração partido na casa que, literalmente, o Kobe Bryant construiu”, discursou a cantora, referindo-se ao facto de do local ser a casa dos Lakers, equipa onde Bryant jogou durante os 20 anos de carreira. A Keys juntaram-se os três membros do grupo Boyz II Men para mais um momento musical.

A homenagem a Kobe Bryant durante os Grammy Awards © ROBYN BECK/AFP via Getty Images

A festa continuaria, a partir daí bem mais efusiva. Pelo palco passariam vários pesos pesados da indústria musical norte-americana. Gwen Stefani e o namorado Blake Shelton protagonizaram o primeiro dueto da noite. Jonas Brothers, Camila Cabello (que dedicou ao pai, sentado na primeira fila, uma interpretação emocionada do tema “First Man”), Ariana Grande, Tyler the Creator, Lil Nas X, Billie Eilish, H.E.R. e John Legend, entre outros, fizeram parte do alinhamento da noite.

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Cumprindo a boa tradição dos Grammys, os tributos foram momentos inalienáveis. Coube a Usher, acompanhado por Sheila E. e FKA Twigs, recordar Prince através dos temas “When Doves Cry”, “Little Red Corvette” e “Kiss”. Rosalía, a artista espanhola que está a conquistar os Estados Unidos, também pisou o palco dos Grammys, numa performance que começou com a cantora sozinha em palco e pouco iluminada a entoar “Juro Que” e evoluiu para uma versão vigorosa e coreografada do êxito “Malamente”. Dos instrumentos aos passos de dança, no final, a herança espanhola ficou com representação assegurada.

Um dos nomes mais esperados da noite, os Aerosmith deixaram o recinto ao rubro, sobretudo quando a eles se juntaram os Run-DMC para trazer novamente à vida o tema “Walk This Way”. De um enérgico Steven Tyler, os Grammys passaram para a balada profunda e temperada com lágrimas de Demi Lovato, “Anyone”. Aos 27 anos, a cantora regressou aos palcos depois de ter sofrido uma overdose no verão de 2018.

A atuação de Demi Lovato © ROBYN BECK/AFP via Getty Images

Por sua vez, também a anfitriã proporcionou momentos musicais. No início da cerimónia, sentou-se ao piano para uma versão de “Someone You Loved”, de Lewis Capaldi, dedicada à 62ª edição dos Grammys e aos seus intervenientes.

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