Portugal tem 25.045 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica no país desta quinta-feira, dia 30 de abril. Houve um aumento de 540 novos casos, num acréscimo percentual de 2,2%, mais 1,4% do que na véspera. Já o número de mortes subiu de 973 para 989, mais 16, com especial incidência no Norte, o que fez descer a taxa de letalidade para 3,95% (3,97% na véspera). O número de casos recuperados passou de 1.470 para 1.519, mais 49 (aumento de 3,3%).

Covid-19. Número de internados em Portugal sobe pela primeira vez em duas semanas

Assim, e olhando para os dados em termos globais, registou-se o menor número de mortes em 24 horas do mês, igualando aquilo que se verificou no dia 6 de abril. Em paralelo, há outro dado novo: o total de óbitos na região de Lisboa e Vale do Tejo superou os do Centro, algo que nunca tinha acontecido desde o início da pandemia. Ao contrário do que se tinha passado ontem, onde o registo de vítimas a Norte tinha sido idêntico a Lisboa e Vale do Tejo (outro ponto diferente da “regra”, o Norte volta agora a ter dez das 16 vítimas nas últimas 24 horas.

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O que tem mesmo de saber sobre o coronavírus em Portugal

Nas outras notas de revelo neste Boletim, o número de casos em Unidades de Cuidados Intensivos volta a ter um ligeiro aumento após dez dias consecutivos a descer; Gondomar tornou-se apenas o sexto concelho do país a passar a barreira dos 1.000 infetados; registaram-se apenas 20,4% de novos casos entre pessoas acima dos 70 anos; e, à semelhança do que aconteceu ao longo de toda a semana, não há novos casos importados.

Número total de casos, mortes e recuperados

Menor registo de mortos num dia este mês. Portugal tem 25.045 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica no país desta quinta-feira, dia 30 de abril. Houve um aumento de 540 novos casos, num acréscimo percentual de 2,2%, mais 1,4% do que na véspera. Já o número de mortes subiu de 973 para 989, mais 16, com especial incidência no Norte, o que fez descer a taxa de letalidade para 3,95% (3,97% na véspera). O número de casos recuperados, que na semana passada teve um aumento a pique, passou de 1.470 para 1.519, mais 49 (aumento de 3,3%).

Caracterização dos óbitos

Lisboa e Vale do Tejo com mais mortes do que o Centro. Mantém-se a incidência nas pessoas acima dos 70 anos (14 das 16 mortes neste Boletim), que representam 87,3% das 989 mortes por Covid-19 no país (668 acima dos 80 anos, 195 entre os 70 e os 79 anos). Das 16 mortes nas últimas 24 horas, dez registaram-se em pessoas acima dos 80 anos e houve mais duas entre os 50 e os 70 anos. A nível de regiões, o Norte voltou a ser a que conta com mais óbitos (de referir que na véspera, e numa inversão “anormal”, registaram-se tantos óbitos no Norte como em Lisboa e Vale do Tejo), tendo nas últimas 24 horas um total de dez mortes num total de 566. Lisboa e Vale do Tejo teve mais quatro vítimas, num total de 199, ultrapassando os valores do Centro (mais duas, num total de 198).

Caracterização do número de casos por região

Alentejo apresenta menos sete casos do que na véspera. O Norte voltou a ser a região com o maior aumento de casos em termos brutos (e percentuais), depois do número anormal de apenas mais 13 casos registados esta quarta-feira, quase com o dobro do total de todas as restantes regiões do país: 375, num acrescento de 2,5% para um total de 15.090. Registaram-se também mais 120 casos em Lisboa e Vale do Tejo (subida de 2,1%, num total de 5.815) e mais 49 no Centro (aumento de 1,5%, num total de 3.389). Nas restantes subidas (residuais), houve mais dois casos nos Açores (mais 1,6%, num total de 127) e mais um no Sul (mais 0,3%, num total de 331). A Madeira mantém mais uma vez mais os 86, valor que teve ao longo de toda a semana, e existe ainda o estranho caso no Alentejo, com menos sete casos em relação a ontem (menos 3,3%, total de 207).

Número de países e casos importados

Semana continua sem novos casos importados. O Boletim de hoje volta a não registar novos casos importados, mantendo-se o total de 751 provindos de 48 países (de recordar que há duas semanas tinha havido uma subida de 26 casos e que na última semana foi de apenas 16). Espanha (171), França (137), Reino Unido (88), Emirados Árabes Unidos (48) e Suíça (45) continuam como os cinco países com maior registo de casos importados.

Número de casos por grupo etário

Apenas 20,4% dos novos casos acima dos 70 anos (110 em 540 novos casos). A faixa entre os 50 e os 59 anos continua a ser aquela que tem o maior número de casos de Covid-19: mais 117 casos, num total de 4.253, enquanto a faixa entre os 40 e os 49 anos registou mais 89 casos, num total de 4.208. Em relação a ontem, os dois valores com maior flutuação nos últimos dias tenderam a acentuar diferenças em termos de picos máximos e mínimos: a percentagem de novos casos até aos 50 anos subiu mais de 10%, de 43,7% para 53,9% (291 dos 540 casos), ao passo que a percentagem de novos casos acima dos 70 anos desceu cerca de 6,5%, de 26,8% para 20,4% (mais 28 na faixa entre os 70 e os 79 anos, num total de 2.217, e mais 82 na faixa acima dos 80 anos, num total de 3.918). À semelhança do que já tinha acontecido ontem, o grupo etário com mais novos casos centrou-se entre os 50 e os 59 anos, seguido da faixa dos 20 aos 29 anos (mais 104 casos, num total de 2.892).

Número de casos internados e nos cuidados intensivos

Casos em UCI crescem ligeiramente dez dias depois. Ao contrário do que se tinha verificado ontem, com o número de casos internados a subir após 12 dias sempre a descer, hoje foi a vez de haver uma variação (ainda que ténue) no número de casos em Unidades de Cuidados Intensivos após dez dias consecutivos de linha decrescente, que subiram de 169 para 172 (mais 1,8%). Já o número de casos internados desceu 1,2%, de 980 para 968.

Número de casos suspeitos, não confirmados, em vigilância e a aguardar resultados

Casos suspeitos e não confirmados sobem menos de 2%. O Boletim de hoje estabiliza os parâmetros mais gerais por baixo, com todos os valores abaixo dos 2%: o número de casos suspeitos teve um aumento de 1,7% (mais 4.030, num total de 247.685) e o número de casos não confirmados subiu 1,6% (mais 3.521, num total de 218.846). O número de contactos em vigilância pelas autoridades de saúde voltou a descer 0,3% (menos 101, num total de 29.467) e houve um decréscimo no número de casos a aguardar resultados (menos 31, num total de 3.794).

Caracterização dos casos por género

59,1% dos casos entre mulheres. Continua a confirmar-se uma tendência de distribuição por género em Portugal: o número de mulheres infetadas tem vindo a subir de forma ligeira e gradual (hoje com uma subida de 84) e há mais 4.585 casos positivos entre mulheres (14.815), que representam 59,1% dos 25.045 casos em Portugal.

Número de casos por concelho

Gondomar é o sexto concelho com 1.000 ou mais casos. Lisboa, que foi sempre esta semana a ser o concelho com mais casos de Covid-19 no país, regista mais 18 casos, num total de 1.465, mas uma das maiores subidas do dia foi registada em Vila Nova de Gaia, o segundo concelho com mais casos no país que teve mais 52, num total de 1.374 (o Porto subiu 32 casos, num total de 1.219). A maior subida do dia a este nível registou-se em Matosinhos, com mais 59 casos num total de 1.127. Gondomar, com mais 34 casos, tornou-se apenas o sexto concelho de Portugal com 1.000 ou mais infetados. Nota para Lousada, que passou a fasquia dos 200 casos (206).

Caracterização dos casos confirmados por sintomas

Tosse e febre continuam a ser os principais sintomas entre os infetados. Os sintomas apresentados esta quinta-feira entre os casos de testes positivos (com informação respeitante a 85% desses casos) sofreram uma ligeira variação positiva em relação a ontem, quase que voltando aos valores que têm sido mais habituais nos últimos dias: há uma preponderância maior de tosse (50%, mais 2%) e febre (36%, mais 1%), seguidas de dores musculares (25%, mais 3%) e cefaleia (23%, mais 2%). Fraqueza generalizada (19%, mais 2%) e dificuldades respiratórias (15%, mais 2%) são os sintomas com menor taxa de incidência.