Apenas 200 nadadores-salvadores foram formados este ano, devido à pandemia de Covid-19, cerca de um décimo dos 2.000 novos operacionais esperados, afirmou esta terça-feira o presidente da Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores (FEPONS), Alexandre Tadeia.

Este número foi avançado pelo líder da entidade responsável pela formação dos nadadores-salvadores das praias portuguesas, durante uma videoconferência de imprensa conjunta das federações de natação, ginástica, ténis de mesa e associação de ginásios, na qual apelaram à reabertura das instalações desportivas cobertas.

A FEPONS subscreve totalmente esta tomada de posição. A questão dos espaços cobertos está a ter um impacto enorme nos cursos de nadador-salvador, que tiveram de ser todos suspensos e não podem ser reativados devido ao impedimento das instalações”, frisou Alexandre Tadeia.

O presidente da FEPONS advertiu que esta falta de formandos terá “repercussões económicas enormes no turismo”, realçando que os recintos desportivos cobertos em Portugal “têm imensas condições”, pelo que apela ao Governo para que “reabra estes espaços” e, desta forma, seja possível assegurar a retoma da formação de nadadores-salvadores antes do início da época balnear.

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O plano de desconfinamento do Governo admite a retoma da I Liga de futebol e da Taça de Portugal e autoriza a prática de desportos individuais ao ar livre, mas deixou de fora todas as modalidades praticadas em recintos cobertos, além de proibir expressamente a abertura e utilização de piscinas, ginásios, balneários e outros equipamentos de apoio à atividade desportiva.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 286 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.163 pessoas das 27.913 confirmadas como infetadas, e há 3.013 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.