A pandemia da Covid-19 causou a primeira morte em campos de refugiados no Bangladesh, onde quase um milhão de muçulmanos rohingya vive em extrema pobreza, disseram esta terça-feira as autoridades locais de saúde.

A vítima é um refugiado rohingya de 71 anos que vivia em Kutupalong, o maior campo de refugiados do mundo.

Morreu a 31 de maio. Mas nós só tivemos confirmação ontem [segunda-feira] à noite que morreu de Covid-19“, disse um dos responsáveis das autoridades de saúde no distrito de Cox’s Bazar, onde se situam os campos.

Pelo menos 29 rohingyas testaram positivo para o novo coronavírus até agora no Bangladesh.

Mais de 700 mil muçulmanos rohingya chegaram ao Bangladesh desde agosto de 2017, quando os militares da maioria budista de Mianmar começaram uma dura repressão contra esta minoria.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 373 mil mortos e infetou mais de 6,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Cerca de 2,6 milhões de doentes foram considerados curados.

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A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (mais de 2,9 milhões, contra mais de 2,1 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 163 mil, contra mais de 179 mil).

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.