Uma unidade dos serviços secretos russos terá pago recompensas a militantes ligados ao Talibã em troca de ataques mortais contra militares ocidentais, de acordo com uma investigação dos serviços secretos norte-americanos citada esta sexta-feira pelo The New York Times.

Segundo o jornal, que cita fontes ligadas a esta investigação, a operação russa era levada a cabo por uma unidade dos serviços secretos de Moscovo que também tem sido associada a operações na Europa e nos EUA, incluindo tentativas de homicídio ou atos de vingança contra agentes russos que passam a trabalhar para países ocidentais.

Vários elementos ligados ao grupo extremista Talibã, que controla uma parte significativa das regiões rurais do Afeganistão, terão recebido quantias monetárias para assassinar combatentes dos Estados Unidos e de outras forças ocidentais que fazem parte da unidade da NATO para coordenar o processo de paz na região, em guerra já desde 2001, ano em que o regime talibã foi removido da liderança do país.

Entre os cerca de 16 mil militares da NATO atualmente presentes no Afeganistão encontram-se cerca de duas centenas de militares portugueses. Não é ainda claro, segundo o The New York Times, que mortes possam estar em causa neste esquema financiado pela Rússia.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, recebeu as conclusões detalhadas da investigação numa reunião com as várias agências de segurança do país. A Casa Branca tem em cima da mesa várias hipóteses para retaliar, começando com uma queixa forma contra a Rússia, que poderá evoluir para sanções económicas contra o país.

A comprovar-se a nível internacional o envolvimento russo com os militantes do Talibã que mataram soldados norte-americanos, o resultado será inevitavelmente a intensificação das tensões entre EUA e Rússia. Até agora, a Rússia diz ainda não ter sido oficialmente informada destas acusações.

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