A Madeira não está na lista de territórios desaconselhados pelo Reino Unido, mas Portugal faz parte dos países em que os visitantes têm de fazer uma quarentena de 14 dias à chegada a solo britânico. Esta medida à chegada, de acordo com o entendimento do governo português, aplica-se a qualquer parte do país, incluindo regiões autónomas. Já o presidente do governo regional da Madeira, Miguel Albuquerque, insiste noutro entendimento em declarações à Rádio Observador: “O que eu li foi o comunicado inglês, onde se menciona expressamente que os Açores e a Madeira estão incluídos nos corredores turísticos com o Reino Unido e podem ser efetuadas viagens com toda a segurança.”

Britânicos podem passar férias na Madeira e Açores, mas não se livram da quarentena

Confrontado com o entendimento da embaixada do Reino Unido em Lisboa e do governo da República, Miguel Albuquerque insiste que “neste momento” só teve “acesso ao comunicado do governo inglês sobre essa matéria, que saiu às 15h30”, um documento que, garante, “é expresso e claro”. E acrescenta: “O entendimento quanto às quarentenas não faz muito sentido. Se estamos abertos, estamos abertos.”

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Sobre se o surpreende a diferença entre as regiões autónomas e o continente, Miguel Albuquerque confessa que não foi “apanhado de surpresa” porque o governo regional fez ” um conjunto de diligências junto da embaixada, de entidades inglesas e dos operadores para termos este corredor turístico aberto com Inglaterra”. E explica a importância desta ligação já que o Reino Unido “é um dos nossos principais destinos emissores de turismo para a Madeira”.

Miguel Albuquerque diz que não faz sentido haver quarentena para quem sai da Madeira, já que “há controlo à entrada” e não há casos de infetados com Covid-19 na Madeira.

O presidente do governo regional diz que está “tudo a funcionar bem” com a retoma do turismo à Madeira e que “não vale a pena fazerem confusões”.Diz ainda que, embora sem “embandeirar em arco”, está “otimista” e diz que é “melhor ter menos turismo, do que não ter nenhum”.