O Governo estima que entre 40% a 50% dos emigrantes não visitará Portugal durante este mês de agosto. Os números, adiantados pela secretária de Estado das Comunidades Portuguesas ao Jornal de Notícias, têm por base informações transmitidas à tutela “por pessoas das comunidades” de emigrantes.

A principal razão será pressões feitas pelos empregadores. Segundo Berta Nunes, algumas entidades patronais estarão a transmitir a informação de que será melhor que os emigrantes não visitem os seus países porque, no caso de terem de ficar em quarentena após o regresso, esse período não será pago. “Depois há alguns que estão em lay off ou a receber subsídio de desemprego e por isso têm menos rendimentos”, adiantou também Berta Nunes.

A maioria das situações reportadas aconteceu na Suíça e Alemanha, embora a secretária de Estado admita que “possam estar a acontecer noutros locais”.

Suíça e Alemanha serão dois dos países onde, à partida, não serão colocados entraves ao regresso dos emigrantes portugueses: “Nos países onde temos as maiores comunidades — França, Alemanha, Luxemburgo, Suíça e Espanha — não há expetativa de que haja qualquer problema de fronteiras tanto na vinda como na ida”, afirmou Berta. Nuno Santos, da Associação de Apoio à Comunidade Portuguesa na Suíça, confirmou isto mesmo: “A Suíça não impôs restrição nenhuma para o povo português ir de férias”, disse ao Jornal de Notícias.

Já no Reino Unido, a situação será mais complicada: “Depois temos o problema do Reino Unido que nos tem causado transtornos”, admitiu a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas.

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